Cowboys & Aliens, clichê porém divertido.

Cowboys & Aliens é um filme que não promete muito pelo título. A ideia parece tosca e estúpida, mas afinal, você só tem certeza depois que assiste o filme, certo?

A história do filme é bem interessantezinha, mesmo não fugindo muito do já esperado. Um carinha, interpretado por Daniel Craig, acorda com um aparelho estranho no braço(um bracelete alienígena), sem se lembrar do passado e após vencer alguns bandidos vai para uma cidade solitária, que sofre bullyng de um moleque remelento e mimado, que é filho do cara que é a única coisa que dá dinheiro para a cidade, Woodrow Dollarhyde, ninguém mais, ninguém menos do que Harrison Ford. Após um tempo na cidade e arranjar uma briga com o moleque que gosta de bagunçar pela cidade(o que inclui tiros), o cowboy misterioso conhece Ella, uma mulher que quer seguí-lo e ajudá-lo por algum motivo e acaba indo para a cadeia. O paizão do moleque não deixa por pouco, e com sua influência vai ver o filho e ver se dá um jeito no cowboy que arranjou briga com ele. Porém, naves espaciais aparecem abiduzindo parentes de pessoas da cidade. Bem, não fica por isso e os cowboys unem forças para ir atrás das estranhas naves, que alguns deles acreditam serem demônios, salvar os seus parentes, descobrir do que tudo se trata, e que o protagonista lembre do seu passado. Já vou avisando que essas coisas não se resolvem de maneira inesperada em Cowboys & Aliens, tem bastante coisa clichê, principalmente o final, bem sem surpresas. O que me interessou no filme foi a ideia base no enredo dele, se tratando dos personagens: Deus não liga se você foi bom ou mau, ele quer saber o que você é. A história dos personagens no filme basicamente se evolui a partir dessa ideia, na minha opinião, muito interessante.

O filme tem muitos artistas bons, Daniel Craig pode sempre fazer o mesmo tipo de personagem, mas de qualquer maneira ficou muito bom, ele faz um dos melhores cascas grossas de filmes de cowboy que eu já vi, chutando bundas o tempo inteiro, sempre mantendo o estilo com aquela cara fechada, e também ficou bem nas cenas mais dramáticas. Mesmo não sendo o principal(talvez ele seja UM DOS na verdade, já que tem bastante destaque na história), Harrison Ford foi o que mais ofuscou os outros no filme, após vê-lo fazendo heróis como Han Solo e Indiana Jones, o vi agora como um velhinho mal pra caraca, e cara, foi muito legal! Ford se encaixou perfeitamente no papel, e não pense que é porque ele parece um vilão a primeira vista, que ele não se encaixe na ideia de "Deus quer saber o que você é", que enquadra a ideia de pessoas que podem mudar de lados no filme. Olivia Wylde não faz nada demais, apenas cara de boba o filme inteiro, podia ser qualquer pessoa no lugar, é claro, se não levar a beleza em conta. O filme tem uma boa ganguezinha que se une aos heróis para enfrentar os alienígenas, assim, tem vários outros personagens carismáticos, como Doc e Emmett.

Os efeitos e lutas não deixam a desejar. O filme é de Jon Favreau, diretor de Homem de Ferro 1 e 2, e assim como esses dois, os combates são excelentes, os efeitos não mostram nenhuma falha, e ver tanto os cowboys quanto os aliens lutando se torna muito interessante com facilidade. Matar os alienígenas não é uma tarefa fácil para os colegas vaqueiros, eles são bem resistentes(não falarei da anatomia deles para não passar spoilers) e as armas pouco evoluídas do povo da época quase não surtem efeito neles, por sorte, o protagonista com aminésia tem seu bracelete alien, que causa bastante efeito, tanto neles quanto na suas naves. Minha única reclamação quanto aos combates é quanto ao último, que eu achei que se estendeu demais, ficando um pouco cansativo a certo ponto, pois a história não andava, porém isso não é tão latente quanto em Transformers 3.

O final do filme é clichê ao extremo, mas o que vale pela história são mais as paralelas, as histórias pessoais de cada personagem, do que o enredo principal. Cowboys & Aliens valeu a pena de ser assistido por mim, eu me diverti vendo, é um bom filme de aventura pra encerrar o ano, já que não tem mais muitos vindo pela frente.