quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Aerosmith fala sobre a possibilidade de ter feito o último álbum


Steven Tyler e Tom Hamilton já haviam falado que talvez Music From Another Dimension fosse o último álbum da história do Aerosmith. Em uma nova entrevista, Tom, Steven e Joe Perry falaram mais sobre isso:


Noisecreep: rapazes, foi uma longa jornada e houve muitos falsos rumores. Que tipo de pressão vocês sentiram quando voltaram e fizeram este álbum?
Tom Hamilton: "todos queríamos fazer uma declaração. Não que eu queria comprar esta idéia, mas este pode ser o nosso último registro. É bem possível. E foi um tempo longo, então estávamos focados em fazer o melhor para a banda."
Joe Perry: "este é um disco importante. Steven tem usado o termo 'evento'. E é realmente um acontecimento, um marco, uma grande peça na terra do Rock n´Roll."
Tom Hamilton: "quando fizemos o álbum Rocks (1976), nós tínhamos o resto de nossas vidas à nossa frente caso o disco não saísse grandioso. O lance é que agora pode ser a última chance. Fazer isso bem feito."
Noisecreep: parece que Jack Douglas está para vocês assim como George Martin estava para os BEATLES - uma força realmente orientadora em estúdio. É assim?
Brad Whitford: "com certeza. Ele sabia desde o primeiro dia sobre como seria o álbum. A primeira vez que estivemos com Jack Douglas, tocamos em um colégio ao norte de Boston. Ele chegou e viu nosso show e viu como nós éramos. Trocamos idéias depois do show e foi muito bom. Então ele sempre está com a gente, desde o começo. Bruce Fairbairn [produtor] esteve conosco por um período. Ele era ótimo. Mas Jack? Jack é o nosso George Martin. Ele é como um membro da banda."
Joey Kramer: "temos um bom treinador no Jack Douglas. Ele tem em mente que nenhuma idéia é uma má idéia. E por isso nós tentamos tantas idéias. Entre a produção dele e nós tocando em estúdio é que aparecem muitas coisas que finalizamos. Foi assim em Toys in the Attic (1975) e em Rocks. Então, ter Jack lá é como ter um sapato velho."
Tom Hamilton: "começamos a trabalhar com Jack no segundo álbum, Get Your Wings (1974). Então, Toys in the Attic, Rocks e Draw the Line (1977). Fomos aprendendo a nos relacionar em estúdio e juntar as gravações naquela época e aprendemos tudo com ele. Aquele jeito de fazer as coisas é o mesmo para este novo álbum também. Queríamos fazer algo fiel à nossa história, sem tentar inventar qualquer coisa."
Noisecreep: tem um monte de material neste álbum, incluindo algumas faixas bônus. Vocês irão voltar ao cofre da banda ou focar em coisas inteiramente novas?
Joe Perry: "existem algumas músicas que podem ter alguns riffs semelhantes - por exemplo, 'Legendary Child' - mas ainda não estou certo em finalizá-las. A imprensa coloca um selo em qualquer coisa antiga. Se isso não dá um álbum, isso não é bom o suficiente, é o que eles dizem. Mas isso não é verdade. Sempre temos riffs. Qualquer álbum que fazemos, puxamos coisas do anterior. Mas também tem um monte de coisas novas e desenvolvidas. Uma coisa sobre o AEROSMITH é que nós não somos uma banda que faz um disco, depois uma tour e então dizemos "te vejo daqui a cinco anos". Estivemos na estrada durante dez anos ao mesmo tempo em que fazíamos este novo álbum."
Steven Tyler: "Joe tinha um monte do boas canções - coisas maravilhosas. Por isso tem todas estas faixas bonus. Todas elas são boas músicas. Talvez nós estamos pensando neste disco como nosso último registro. Mesmo assim, não é porque fizemos bem feito, então, quem sabe?"
Tom Hamilton: "você acumula coisas para faixas bônus e a música 'Up on the Montain' é uma delas. Com tantas coisas neste disco estávamos como 'seria legal se...'. Então, antes que caia sua ficha, as faixas já estão lá. O que me deu confiança cantando foi saber que eu teria Steven como backing vocal [risos]."
Joe Perry: "aquela sintonia com Tom cantando é uma faixa bônus lado 'B' [risos]."
Steven Tyler: "eu realmente gostei de 'Street Jesus'. Ela começou como 'Sweet Jesus'. Era uma jam. Eu estava cantando sweet Jesus, então Jack mencionou street Jesus - e cada vez que eu ia para o estúdio e cruzava a Sunset Strip e via um cara vestido como Jesus, eu gritava 'hey, Jesus!' e ele fazia um movimento como se estivesse me abençoando - então se tornou 'Street Jesus'. Se tornou uma nova música. Muito bom ter bastante coisa nova para tocar."


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