O Black Sabbath está se aproximando de estourar o mundo mais uma (talvez última?) vez com um novo álbum e uma turnê mundial que deve passar aqui pelo Brasil lá para outubro. O baixista e compositor disse que com o lançamento tocarão clássicos obrigatórios como Iron Man, Paranoid, Children of the Grave e War Pigs, além de algumas músicas mais obscuras que ele acha importante que sejam tocadas ao vivo. Ele adicionou que devem incluir algumas músicas do novo álbum também, sinal que tem coisa boa chegando em "13", algo que já não duvidávamos. Veja outras coisas que ele disse em entrevista:
TheMealforge.com: Como você se sente tendo a banda original (menos Bill Ward) junta de novo? Mudou alguma coisa desde que a banda estava junta nos bons e velhos tempos?
Geezer: “Bem, nós estivemos indo e voltando desde 1997, mas desta é vez é particularmente excitante porque nós finalmente temos um álbum gravado. Você tem que se sentir extremamente confortável uns com os outros para compor um álbum, já que nos vimos praticamente todos os dias por dois anos, mas nós persistimos e fizemos praticamente o impossível.”
TheMetalForge.com: Que consideráveis mudanças você notou no estilo de composição e também no comportamento de grupo do Black Sabbath do início até agora.
Geezer: “No começo nós ficaríamos tocando qualquer coisa até que um de nós, geralmente Tony [Iommi, guitarrista] , descobrisse um riff; Neste álbum [“13”], Tony gravou dois ou três CDs somente com riffs, então nós decidimos quais iríamos usar antes de começar a tocar em cima deles. Algumas das novas músicas eram espontâneas enquanto tocávamos, mas nós precisávamos de um ponto de partida para este álbum, e Tony tinha escolhas mais do que suficientes.”
TheMetalForge.com: Lembrando dos anos 1960, explique em suas próprias palavras o quanto a tecnologia mudou a gravação/produção/masterização dos álbuns. O quão fácil/difícil era gravar os álbuns nas décadas subseqüentes a este tempo?
Geezer: “O dois primeiros álbuns foram gravados em duas máquinas de quatro faixas – o primeiro em dois dias, e o segundo em 5 dias – então foi basicamente fazer um show no estúdio. Nós não sabíamos nada sobre gravação, já que nunca havíamos pisado em um estúdio antes, exceto por uma demo de duas faixas que fizemos. Nós estávamos felizes de ter nossas músicas gravadas. Enquanto a tecnologia avançava, era quase uma maldição ter tantas faixas para serem gravadas; nós perdemos o foco no que a banda precisava ser. Foi uma grande experimento, mas nós gastamos muito tempo (e dinheiro) só fazendo merda nos estúdios em nossos últimos álbuns. Hoje é em dia é ótimo, porque você tem o equivalente a um grande estúdio em seu laptop, então você pode economizar muito tempo gravando suas ideias em casa e então tocá-las para as pessoas com quem você está trabalhando e ter um feedback instantâneo. Não há nada que substitua a sensação de tocar ao vivo, mas é ótimo ter este ponto de referência, ter esta direção.”
TheMetalForge.com: Após estar no ramo da música por tantas décadas você ainda é apaixonado e animado como você era no começo? Explique como você se sente agora, muito após a criação da banda, de subir ao palco em frente a milhares de pessoas, comparado aos pubs daquele tempo.
Geezer: “É artificial, mas ainda tenho a mesma adrenalina de subir ao palco como sempre tive, sejam cem pessoas ou cem mil. Quando nós fizemos um show em nossa cidade natal, Birmingham, no último ano, foi o maior show que consigo me lembrar. A atmosfera foi pura magia; foi como se a banda tivesse se tornado uma entidade. Show fantástico.”
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