Bioshock por enquanto é uma trilogia de games de ficção científica misturando elementos de FPS, RPG e survival horror, sendo melhor do que uma boa média dos novos jogos desse estilo. Bioshock dá mais sustos do que os últimos Resident Evils e é mais intenso do que esses novos CoDs da vida. O enredo do primeiro game se aproveita de se tratar de um jogo, de forma que a sua interação fazia uma diferença direta na trama.
O primeiro e segundo jogo se passaram na cidade submarina de Rapture. Longe de uma aventura da Pequena Sereia, em Rapture Jack tem que lidar com uma utopia derrotada por corrupções políticas e genéticas (o.O sim, zumbizões loucos e as famosas Little Sisters). Os mindfucks (e spoilers do post) começam quando você vê que além de ter que derrotar o vilão do jogo ainda haviam várias reviravoltas na história e na própria identidade e significância dos personagens. Eu sinceramente nem entendi direito e permita que eu me defenda.
Boas desculpas para não entender a história de Bioshock:
1-Você não sabe inglês
2-Você não enxerga aquelas legendas.
3-Você não encontrou todos os arquivos de áudio secreto e algumas coisas ficaram no ar.
4-Houve um hiato mo meio do seu gameplay e você esqueceu o que tinha rolado antes.
5-Algumas das explicações mais importantes do enredo ficaram em entrelinhas.
6-Enquanto outras foram reveladas durante tiroteios frenéticos em que você tinha que ler as legendas minúsculas enquanto tentava não morrer nas mãos de um Big Daddy descontrolado (o meu caso).
Pra minha sorte eu pude entender a história de Bioshock Infinite de primeira (e com algumas horas de reflexão), pois esse tem algumas pausas e vídeos para que os mistérios principais sejam explicados. É interessante que o game realmente te pega de surpresa, pois os trailers dão a impressão que será um mero jogo de ação. Vamos para Infinite, o terceiro game, lançado em 2013 (e só fechei essa semana). SPOILER#SPOILER#SPOILER: Esse jogo realmente tem MUITAS surpresas então caso você não tenha jogado, pense bem se realmente nunca vai jogá-lo antes de ler o resto do post.
A primeira diferença brutal no Bioshock Infinite em relação aos seus anteriores é que ao invés de se passar na cidade submarina de Rapture, se passa em Columbia, uma cidade acima das nuvens. O jogo começa (e termina) sem os principais símbolos dos jogos anteriores: Andrew Ryan, Atlas, Big Daddies ou Little Sisters. Mas então, o que rolou lá? O jogo começa em um farol muito similar com o que levava Jack de Bioshock 1 para a cidade submersa, porém, o protagonista vai para Columbia. Lá Booker DeWitt tem a missão de resgatar uma jovem mulher que parece com a Branca de Neve: Elizabeth.
Como uma princesa, a bonitona passou a vida toda presa em uma torre, tendo como única companhia, não um dragão, mas um pássaro robótico gigante, o Songbird, que a impedia de fugir. Por que ela estava lá? Filha do líder de Columbia, Comstock, Elizabeth estava presa lá para ficar segura do False Sheppard (o protagonista Booker), que viria de acordo com uma visão, tentar captura-la, leva-la para a Terra e então impedir que ela tomasse o trono do seu suposto pai para comandar Columbia e atacar Nova York no futuro.
Quando tudo é explicado você descobre que Elizabeth na verdade não é filha de Comstock, pois usando viagens tempo-dimensionais, ele havia se tornado estéril, e sem um herdeiro, sua linhagem deixaria de controlar Columbia. E é aí que a história pira. O que Comstock faz para arranjar Elizabeth, que não é a sua filha legítima...?
O "vilão" Comstock partiu para uma outra dimensão onde sua vida havia tomado outro rumo e ele teve uma filha. E o que ele faz? Pega a filha para si. É nesse momento que deixa de ser uma história misteriosa onde o protagonista tem que vencer o poder opressor e resolver algum mistério e passa a ser uma luta entre versões alternativas do mesmo personagem o.O. Elizabeth nada mais é do que a filha de Booker. Comstock após os traumas da guerra aceitou um batismo e começou uma nova vida, fundando a utopia de Columbia, enquanto em outra realidade ele meteu o foda-se em tudo e se afundou em bebidas e jogos de azar (a versão do personagem que você controla), aceitando entregar a sua filha para sujeitos estranhos para que eles quitassem os seus débitos.
Booker rapidamente se arrepende de ter entregado Anna por dinheiro (que depois mudam o nome para Elizabeth) e vai atrás dela, mas é tarde demais, eles passam por um portal que fecha no dedo do bebê, deixando Elizabeth com um dedo cortado desde pequena. E por ter um pedaço seu em outra dimensão ela passa a poder controlar as fendas tempo-dimensionais, o que convenhamos é uma porcaria de explicação! A mina é quase uma deusa abrindo portais para o fim do mundo, podendo mudar todo o curso da história... e só porque o dedo dela ficou do outro lado de um portal...? -_- Então se um pedaço do dedo dela caísse no mar ela ia passar a controlar os oceanos...? Não me diga que não tem nada a ver.
Os cientistas que ajudaram Comstock a viajar entre as dimensões se sentiram culpados e viajando no tempo e nas realidades paralelas começaram a manipular os acontecimentos para ver se Booker impedia que Elizabeth tomasse controle de Columbia e atacasse a Terra. Por fim Elizabeth elimina Booker/Comstock definitivamente o afogando no batismo. A história é muito louca e abstrata, se você gosta de filmes me deixe compara-la com Donny Darko ou aqueles filmes (que eu amo) dos irmãos Coen. Você realmente tem que ligar vários pontos que são incomuns em histórias ordinárias para entender tudo. Mas apesar de complexa... essa história foi legal? Agora como fã da série, vou sair da zona de conforto.
No final do jogo Booker e Elizabeth vão para a cidade de Rapture, fazendo pela primeira vez uma ligação direta com outro jogo da série. Eu pensei "agora essa bagunça toda vai levar para algum lugar", mas não foi bem isso que aconteceu. O jogo é auto-explicativo e mais fácil de entender do que o primeiro, mas apesar de menções fraquíssimas ao primeiro game... O QUE BIOSHOCK INFINITE TEM A VER COM BIOSHOCK?! Isso que eu não entendi. Eu curti cada segundo de mistério e confusão e gostei muito da forma que o enredo evoluiu. Para mim como Ken Levine não conseguiria mais surpreender os jogadores da forma que fez com Bioshock 1, ele apostou em uma experiência muito mais louca, e devo dizer, ele conseguiu me surpreender daquele mesmo jeito! Mas tirando toda a beleza de ficção científica, no final foi um vai e volta... para impedir que uma versão tirânica de outra dimensão do protagonista começasse um ataque terrível e devastador...?
Isso acaba soando meio pequeno no final... ainda mais com personagens que podem refazer a realidade toda quando quiserem porque a ponta do dedo ficou do outro lado de um portal. Em um ponto eu me pergunto "por que se chama Bioshock?" Talvez seja por isso que optaram por Infinite no lugar de "3" no título. Lembro que o final do primeiro game me deixou meio triste porque passava a impressão que jamais haveria uma continuação, mas Bioshock 2 veio com herói e vilã diferentes, pra mim dando em uma continuação bem bacana que ainda deixou espaço aberto para uma grande sequência. Infinite é um prequel, mas indica ter nenhuma ligação com a história principal, o que acabou me deixando um vazio no fim do jogo. Tipo... NENHUMA ligação com a trama de Rapture...? Eu esperava que ligassem alguma coisinha, qualquer coisinha. Afinal, no título está escrito "Bioshock".
Por outro lado, a série de DLCs "Burial at Sea" se passa com Booker e Elizabeth em Rapture, mas eu não sou trouxa pra ficar pagando por pedacinhos do jogo que não vieram com o CD então não poderei confirmar se na DLC há algo que é conectado entre Bioshock e Infinite. Apesar do roteiro de Infinite ser mais complexo e louco, eu prefiro o do primeiro game, era mais convincente e relevante. Ainda não consegui engolir essa do dedo... O que me desapontou não foi a história ser esquisitíssima, eu gosto disso, o problema foi como no fim ela não tinha relevância alguma pra série.
Por outro lado, a série de DLCs "Burial at Sea" se passa com Booker e Elizabeth em Rapture, mas eu não sou trouxa pra ficar pagando por pedacinhos do jogo que não vieram com o CD então não poderei confirmar se na DLC há algo que é conectado entre Bioshock e Infinite. Apesar do roteiro de Infinite ser mais complexo e louco, eu prefiro o do primeiro game, era mais convincente e relevante. Ainda não consegui engolir essa do dedo... O que me desapontou não foi a história ser esquisitíssima, eu gosto disso, o problema foi como no fim ela não tinha relevância alguma pra série.
Maneiro o texto. O pior é que o Infinite tem ligação SIM com os antigos Bioshocks. Como pode ver, a cidade de Columbia tem diversos elementos parecidos com Rapture, por exemplo, os poderes. Em alguns daqueles áudios perdidos no meio do jogo é revelado que Comstock abriu uma fenda espaço-temporal em Rapture e observou o trabalho daquela geneticista que criava as Little Sisters. Pelo que parece os cientistas de Columbia copiaram os Plasmids e fizeram os Vigors. Outra coisa interessante foi que na DLC do Infinite foi revelado que foi a Elizabeth que entregou a palavra-chave "Por gentileza" ao Atlas em meio a um acordo deles. Por causa disso, o Atlas (ou melhor dizendo, Fountaine) pôde controlar o Jack e assim começaria a história de Bioshock 1.
ResponderExcluirOutro fato interessante foi que o personagem compositor daquelas musicas que tocam nas rádios de Columbia, teve acesso às músicas de diversas épocas do futuro e as plagiou, adaptando os ritmos para os anos em que o jogo se passa, como por exemplo, Shiny Happy People de 1991 e Everybody Wants to Rule the World de 85. Vlws
Na verdade acho que os plasmids de Columbia foram trazidos do futuro... (Se não me engano)
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