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sábado, 2 de maio de 2015

Veja as artes conceituais de Batman, Superman e Mulher-Maravilha


As artes mostram como os personagens foram planejados a aparecer no filme "Dawn of Justice", de Zack Snyder.


Isso parece uma capa... DE METAL \m/ To ansioso pra ver como vai ficar a Mulher-Maravilha no cinema, é uma das personagens que mais quero ver adaptada, principalmente depois do último arco que teve nos Novos 52. Infelizmente não to botando muita fé num filme solo dela. Esse negócio de querer achar uma diretora especificamente mulher soa neeeeeeeem um pouco bom pra mim.

quinta-feira, 16 de abril de 2015

IMPRESSÃO - Trailer de Batman V Superman: Dawn of Justice




Eu assisti o trailer com legendas em português na Internet e logo quando terminei ele foi apagado, sendo assim, tive nem chance de colar pra cá, mas farei o possível pra passar a minha impressão. Primeiramente, sim... o raio do trailer existe.


O Batman e o Superman aparecem em cenas novas, há inclusive o Batman em cenários destruídos, mas nenhuma luta muito clara. Sinceramente, não me animou tanto o que é estranho. Mas vamos também considerar que foi em menos de 24h após ter saído o novo trailer do Star Wars VII, e eu não menti quando disse que realmente comecei a dar risada de felicidade quando vi o Han Solo e o Chewbacca, até começaram a me perguntar 'o que tinha acontecido?'. Talvez tenha sido uma simples questão da minha energia não ter recarregado no meio tempo.

Sem falar que o Érico Borgo, um dos principais jornalistas do site sobre entretenimento, Omelete, comentou sobre o filme novo dos Vingadores e disse que o Ultron está surpreendentemente piadista, chegando a defini-lo como...





"ULTRON DA ZUERA"





Ele usou essas exatas palavras.





Então vou tentar não pensar muito no Age of Ultron até o lançamento semana que vem. Pra nossa sorte tivemos os trailers das outras duas franquias mais aguardadas (falei que ia ser bom eu fazer aquele post das expectativas antes). No trailer não há qualquer vilão ou personagem secundário que estava causando curiosidade. Sem Lex Luthor, Brainiac nem de longe. Os pontos mais interessantes são as referências às HQs que pensei depois de ver. Primeiramente vou deixar o texto todo, depois interpreto:


"É realmente surpreendente que o homem mais poderoso do mundo seja uma figura de controvérsia?

Nós que somos a população desse mundo temos procurado por um salvador.

Estamos falando de um ser--

Alienígena.

...cuja própria existência--

Não estão nos falando a verdade!

...desafia o nosso próprio senso de prioridade--

Este é o nosso planeta!

...no universo.

Os seres humanos tem um histórico terrível de--

Tragédia!

...seguir pessoas com grande poder--

O poder corrompe, e o poder absoluto corrompe absolutamente.

Terror, caos.

Talvez ele só seja um cara tentando fazer a coisa certa.

Nós sabemos melhor agora, não sabemos?

Ele está fora de controle!

Os demônios não vêm do Inferno abaixo de nós.

Não, eles vêm do céu.

O mundo está tão empolgado com o que ele pode fazer... que ninguém se perguntou o que ele deveria fazer.

VÁ EMBORA! VÁ EMBORA! VÁ EMBORA!"

TITIO JOKER: Como eu deixei claro na imagem mais acima, todas essas falas claramente de programas de TV, como se os canais estivessem sendo mudados, não deixam de lembrar a HQ "Cavaleiro das Trevas" de Frank Miller, a qual o diretor Zack Snyder já havia afirmado ser uma grande fonte de inspiração pro filme.


Tô esperando essa cena............................

Mas então, há uma parte curiosa em que o Super parece estar em uma nação esquisita, há crianças com a cara pintada, acredito que se trate da África, como naquela HQ do Paul Dini com o Alex Ross em que ele tenta resolver os problemas comuns do mundo.


Depois há a voz de uma pessoa só. Eu apostei no Lex Luthor, mas não há qualquer certeza de que seja ele. É quando eles começam a mostrar o Batman, tanto com a armadura quanto como Bruce Wayne; ou seja, deve se referir à impressão que o Batman terá à existência do Super Homem.

"É assim que começa... a febre... a raiva... a sensação de impotência... que torna homens bons... cruéis."

TITIO JOKER: A impressão que isso me deu é que o Batman não estará tão intocável na questão de fazer escolhas erradas. Será interessante se eles mostrarem que ele também pode ser precipitado por estar lidando com um ser tão poderoso.


Depois uma voz mais grave, provavelmente do Batman.

"Diga-me, você sangra? Você vai..."

TITIO JOKER: Inicialmente achei exagerado, cheguei até a pensar que poderia ser um vilão falando, e não o Batman. Foi aí que me lembrei... FRANK MILLER! O inesquecível Batman da HQ "O Cavaleiro das Trevas" é muito mais impiedoso e frio do que o comum, fazendo esse tipo de ameaça constantemente. Mais uma semelhança que devemos ter com o grande clássico!


Também aparece aquela estátua do Superman pichado "deus falso" no peito e um templo antigo que deve ser referência à Mulher-Maravilha, que acabou não aparecendo pessoalmente. Bem, apesar da minha ansiedade pelo Vingadores ter sido abalada pelo "Ultron da Zuera" (ai... até dói o meu dedo pra escrever), continuo interessado pelo o que vai sair desse Dawn of Justice, e principalmente Star Wars VII, que já sai no final desse ano. Salve Nerds... esse é um dia que será recordado.

E a zuera com o Homem-Aranha não termina. Por que terminaria? Quem sabe o Ultron ensine umas pidas pra ele-- DROGA! Já to noiado!

terça-feira, 14 de abril de 2015

Sai diretorA de Mulher-Maravilha


Famosa por ter dirigido episódios de várias séries de TV de sucesso, como "Breaking Bad" e "Game of Thrones", Michelle McLaren havia sido escolhida para dirigir o primeiro filme solo da Mulher-Maravilha, com auxílio de Zack Snyder e Gal Gadot vivendo a protagonista. A explicação foi diferenças criativas, mas o Badass Digest meteu o louco afirmando que ela tinha uma visão beeeeeem diferente do que o estúdio queria: eles não teriam concordado nem com a época do filme e McLaren queria que houvesse um tigre como parceiro, pra Diana ficar conversando com ele.

Não dava pra deixar de mencionar o amigo do Shazam
Isso com certeza agradaria aos haters da DC que esculhambaram "O Homem de Aço" por ter sido foda. Fazer um filme novo sem ação e com elementos que combinariam com desenhos antigos do naipe "Ursinhos Carinhosos". Mas largando minhas briguinhas, essa diretora é excelente, porém... 



EU FALEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEI!!!!

Sabia que ia dar errado: Querer forçar uma diretora mulher só porque o filme é da Mulher-Maravilha. Meu, se for uma mulher; legal, mas forçar jamais vai dar certo só pra ficar "bonitinho". Tem que ser alguém que entenda! Deve ter alguém, mas as chances de ser uma mulher são meio pequenas... é só ver a polêmica que cancelou a capa especial da Batgirl a acusando de machismo. 


Isso só explicitou a falta de cultura que a maioria (veja bem, eu disse maioria) tem relacionada à área. Se não sabem o que é "A Piada Mortal", me desculpe o radicalismo, mas jamais vão saber adaptar a Amazona decentemente. Impossível, tem que ser uma mulher em milhares pra manjar de HQ ao ponto de saber adaptar, é melhor que procurem um entendido, independente se é homem ou mulher. Quero muuuuuuuuuito que esse filme saia foda, mas tem que pensar em fazer um filme bom da Mulher-Maravilha, independente se é um saco ou uma xoxota na cadeira de direção. Acho que eu gostaria se o Snyder dirigisse, mas ele já ficou de produtor. Lembrando que a estreia tá marcada pra 2017.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Veja as sinopses de Convergence


Saíram as sinopses do novo super-evento da DC. Diferentes versões dos heróis enfrentarão um inimigo que pode dobrar o Multiverso à vontade, levando a "Convergence". A estória será dividida em uma minissérie de oito edições + quarenta minisséries de duas partes, partindo do final de "World's End" e "Future's End". Há vários artistas envolvidos, mas a ideia principal foi desenvolvida por Jeff King. A ideia será explicar quais versões de realidades existem e o que aconteceu com outras desde quando começou o Novos 52. Ou seja, vai acabar sendo uma zona do caramba. Veja o que o editor Jim Lee falou: O que estamos realmente abordando é que tudo existe e existiu no contexto dos Novos 52. Convergence é, de muitas maneiras, o evento mais meta-épico que já fizemos "

O primeiro inimigo será Brainiac, mas ele levará ao nascimento de um vilão inédito: Tellos. Haverão personagens dos universos de "Future's End", "Flashpoint Paradox" e até do game "Injustice"!

Convergence #1: É isso! Do início dos tempos aos Novos 52, todo o Universo DC precisa lutar para sobreviver contra uma ameaça que dobra o multivero à sua vontade. Seus personagens favoritos de todas as eras e suas séries favoritas estão todas aqui! Mas você dirá oi novamente ou adeus para sempre? Os riscos nunca foram tão grandes quando os heróis de Crise nas Infinitas Terras, Zero Hora, Túnel do Tempo e mais se unem em Convergence! 
Na primeira edição da minissérie semanal, Brainiac colecionou cidades de mundos esquecidos e condenados que precisam lutar entre si - e os perdedores podem ser destruídos! Mas o que está forçado esse conflito? Junte-se aos refugiados da Terra-2 qquando eles descobrem a verdade por trás desse mundo que existe atrás do tempo e do espaço e está muito vivo! Brainiac está realmente no controle? Ou esse planeta chamado Telos é realmente uma força do mal sem paralelo? Essa edição de tamanho extra é recheado de reviravoltas e aparições que você nunca imaginou - incluindo os heróis de Injustice!

Convergence #2: Após Telos, o planeta encarnado, derrotar facilmente os sobreviventes da Terra-2, Thomas Wayne e Dick Grayson buscam ajuda na Gotham antes de Flashpoint. As implicações emocionais da colisão desses mundos chegma ao ápice quando Thomas Wayne enfrenta o Batman desse mundo, em um confronto de pai contra filho! 
Depois, Alan Scott tenta se conectar à energia verde e obtém resultados inesperados, levando nossa equipe em uma aventura para fugir do mundo. E os ciborgues de Future's End entram em uma batalha mortal contra os heróis reimaginados de Just Imagine, enquanto a cidade do Superman Vermelho e Azul luta contra as forças de Gerações!

Convergence #3: A morte dá as caras após um enfraquecido Telos despejar sua fúria no povo de Kandor, enquanto a equipe da Terra-2 sofre novas e brutais baixas. E grandes planos entram em ação quando o Lanterna Verde e outros seguem Deimos para a cidade perdida de Skartaris para achar o Rip Hunter e os perdidos Mestres do Tempo, que podem ser a última esperança de escapar desse apocalipse para as Infinitas Terras!
Convergence #4: Em Skartaris, os heróis da Terra-2 precisam enfrentar o único homem que pode impedí-los de encontrar os perdidos Mestres do Tempo - mas por que Travis Morgan, o Warlord, pode matá-los? 
Enquanto isso, Telos leva o prisioneiro Dick Grayson a vários campos de luta, para provar o quão fútil é enfrentá-lo. E não perca a última página, quando o surpreendente retorno de um inesperado vilão pode terminar todas as esperanças de salvação e confirmar o apocalipse para todos no planeta!

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

BATMAN VS SUPERMAN AINDA PODE LANÇAR EM 2015!

E

EU

POSSO

MORRER!

"Don't I like it? I'm CRAZY for it!"
Ainda bem que hoje fiz uma aula experimental de natação (não fazia natação desde 2008), se meu coração ainda não parou de bater, eu aguento agora!!!

A imagem acima, ainda não confirmada, passa duas datas de estreia, do filme que seria dividido em duas partes:

Batman V Superman

Enter The Knight: 23.10.2015
Dawn of Justice: 25.03.2016

Essa notícia faria de 2015 um ano maravilhoso, junto com o Monster of Rock. Apesar de ser uma revelação estranha, absolutamente NADA do Batman Vs Superman foi anunciado direito, eles já adiaram em dez meses, podem muito bem revelar uma coisa estranha de novo! O probleeeeeeema é que a URL da foto manda pra um fã-site... Mas ainda assim isso faria sentido com a quantidade absurda de personagens e longo tempo de filmagem que tem sido (apesar de correr por aí que estão filmando junto com Justice League). É... tá muito improvável apesar de fazer sentido, vamos rezar. E esperar um pronunciamento da Warner quanto a isso. Os fãs querem tanto que pressionam literalmente O.O

Lembram que ia ter um filme do Batman Vs Superman?


Pois é, ainda vai ter, só que não lança esse ano não. A estreia ainda está marcada para 2016, dia 25 de março. Porééééém, de acordo com o The Projection List, uma prévia/trailer do filme pode ser mostrada em 6 de fevereiro, na estreia de "O Destino de Júpiter" nos EUA. Ainda falta um tempo pra isso, vamos torcer pra que seja verdade (já disseram que iam divulgar com Interstellar e Hobbit), e se for, que não sejam só 10 segundos. Também falaram do Quarteto Fantástico, mas... acho que ninguém liga.


Enquanto isso, uma das atrizes cotada pro filme, Jena Malone que trabalhou no Sucker Punch, falou sobre filmes de estórias em quadrinho. Ela afirmou acreditar que não se trata só de adaptar, mas dar continuidade aos temas apresentados nas estórias originais.

"Não importa o gênero... se você transforma algo em um filme, você está criando um mito. O que é um personagem de quadrinhos se não um mito escrito? Eu sinto como se houvesse tanta negatividade, mas nós criamos. Nós ainda estamos fazendo. Não se trata de fazer tanto quanto eles tem, se trata de dar continuidade a conversação."

Os filmes de herói que eu mais gostei seguiam meio que essa ideia do que ela disse. Ainda não se sabe qual personagem ela vai fazer. E meio que a cada foto dela parece que outra personagem fica mais provável...


Tália (é melhor que a última... -_-)

Robin (a Carrie do "Cavaleiro das Trevas" )


Oráculo... daí em diante.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Vejamos como vai nossa amiga Gal Gadot


Gadot fará a maior heroína de todos os tempos, a Mulher-Maravilha, no que pode ser a primeira interpretação que preste da personagem em live action. Mas apesar de ser gata, Gal Gadot é extremamente magra! Na real ela parecia um palmito naquele filme que ela chegava de bikini O.O Mas a atriz está se esforçando pra ficar fortona, que nem dá pra ver na foto acima. Bem, ela engrossou a coxa, eu acho que era o mais importante. Afinal, hoje em dia não vão deixar a Mulher-Maravilha andando com a bunda de fora em um filme... Sem falar que depois que vi o Heath Ledger no CDT concluí definitivamente que uma interpretação realmente boa supera qualquer problema de similaridade com a aparência dos quadrinhos.


Sem falar, que se quiser ver como os personagens seriam na vida real é só ler um gibi ilustrado pelo Alex Ross, cujo fotorrealismo é assustador! :o

domingo, 28 de dezembro de 2014

Fim de arco da Mulher-Maravilha devia ser um novo início!


Junto com 2014, a última série da Mulher-Maravilha nos Novos 52 chegou a um fim com 35 edições surpreendentemente bem estruturadas. Da edição #1 até a #35, Brian Azzarello e Cliff Chiang são a dupla quase imutável que cuida do novo universo de uma das principais heroínas da DC Comics, e eu li do primeiro até o último. Aí vai a opinião de um cara que foi ler um gibi solo da Mulher-Maravilha pela primeira vez esse ano, depois de mais de uma década lendo quadrinhos.

- Afinal, quem é a Mulher-Maravilha?
- Cale a boca, Douglas. Quer fechar o ano com um post ruim? Todo mundo sabe quem é a Mulher-Maravilha.
- Putz, é mesmo.

Então, reformulando... Todo mundo sabe quem é a Mulher-Maravilha e todo mundo fala que ela é da "Trindade da DC". Mas o que é a Mulher-Maravilha perto do Batman? Ou do Superman? Quem é a Cheetah perto do Coringa? Ou do Lex Luthor? Themyscira com Gotham e Metrópolis? Entende onde quero chegar? Por esse ponto de análise do que torna um herói de HQs "icônico", o Lanterna Verde ou mesmo o Flash deveriam ocupar o posto dela na Trindade, analisando logicamente. Mas ela não só está na Trindade, ela é também considerada a principal heroína mulher de todos os tempos, e é conhecida entre vários grupos, mesmo quem não lê HQs. Mas isso pode ter diversas razões, pega por exemplo o Homem de Ferro. Ele ficou super popular por causa dos filmes, mas vai acompanhar uma série mensal dele, vai...


E ao conhecer melhor a Mulher-Maravilha, concluí que apesar de ter sido muito bem criada e passada pelas mãos de ótimas artistas visionários (como o Péres acima)... QUE HISTÓRIAS ÉPICAS ELA TEM?! Há personagens como o Duas-Caras, que a história mais forte é a de origem, aí todas as histórias lembradas dele são sempre um reinício ou uma releitura do que o originou. Isso a Mulher-Maravilha tem, há versões da origem dela posteriores a sua criação de 1941 que são muito legais. Sim, 1941. Eu pesquisei tops na internet e... entre as melhores histórias dela, não há algo que soe como "esse é a Piada Mortal da Mulher-Maravilha", ou "a Morte do Superman da Mulher-Maravilha". Apesar do universo carismático e arcos bacanas, ela tem nada além disso que tenha marcado pessoas que conheçamos. O seu caso pode ser diferente, é claro, mas nunca conheci alguém que mencione uma historia da Mulher-Maravilha como épica. Achei isso muito esquisito pra uma personagem com mais de 70 anos de cronologia. Uma personagem que faz parte da "Trindade DC". E essa é a razão pela qual considero a personagem perfeita para um reboot. Eu tinha a impressão que a personagem ainda não havia chegado "lá".


Veio os Novos 52 e a DC tomou a decisão de não rebootar apenas dois universos: Batman e Lanterna Verde. Por que? Porque tava muito bem, não se mexe em time que tá ganhando. Eles estavam nas mãos de Grant Morrison e Geoff Johns, ambos dando uma longa continuidade com sagas muito bem encaixadas para os super-heróis nos dias atuais. E reboot, ao menos para mim, é para personagens que não estão mais se encaixando nos dias atuais. E isso é perfeito para alguns personagens da DC, criados de forma tão icônica, longe de terem qualquer defeito, facilmente ficando parecendo mais lendas antigas do que hqs se não forem feitas as modificações certas com o tempo. E isso é perfeito para a Mulher-Maravilha.


Eis que como tudo que já foi escrito da Mulher-Maravilha, a nova série dela nos Novos 52 vem sem chamar tanta atenção quanto o material dos outros membros da "Trindade": Batman e Superman. O Homem de Aço tem sido um personagem quase impossível de adaptar pra atualidade. Os gibis tão longe de serem bem legais, e por mais que eu tenha amado o último filme, ele dividiu opinião pra caramba. O que mais pegou do personagem nos últimos tempos foi, pasmem, a série Smallville. Acho bom você saber que eu... odeio Smallville. Ou seja, o novo Superman não foi tão bem adaptado (lembrando que o Batman ficou na mesma), já  Mulher-Maravilha eu achei bem mais interessante, então vamos parar de olhar pelo ponto de vista geral e focar na análise.

Azzarelo é um roteirista de HQs extremamente experiente, já tendo trabalhado com personagens da área umas quinhentas vezes no passado. Mas ele me surpreendeu por ter mostrado saber perfeitamente como se faz um reboot. Já leu "Coringa" e "Lex Luthor: O Homem de Aço" dele? Ele deixa os personagens em um ambiente realista, mas usando um filtro bem diferente do de Alan Moore e Frank Miller. Fica parecido com séries urbanas de televisão, como "Breaking Bad" e "Prison Break". Na nova Mulher-Maravilha também há esse filtro de realidade curiosamente diferenciado, mas Diana não é uma criminosa -_- ela é a Mulher-Maravilha, então ele trás um ar bem inédito para toda a aventura.


Na primeira edição tudo já começa com acontecimentos sem explicação. Os diálogos e sequências de ação são bem estruturados de forma que você termina o gibi tão rápido que parece que só leu cinco páginas. E aí você quer logo passar pro próximo. Entende o que eu tô te falando? Lembra séries de TV. E mais, há acontecimentos inesperados a cada edição, levando que qualquer coisa que você explique do enredo possa ser considerado um spoiler. Mais uma vez, me lembrando séries de TV. Apesar de toda a ideia do reboot e a preocupação se as mudanças serão bem-vindas ou não pelos fãs religiosos e também os novatos, o que consegue chamar mais atenção é o ritmo singular do roteiro de Azzarello bem acompanhado pela arte de Cliff Chiang que é algumas vezes substituído por Tony Akins, que tem um estilo similar, mas igualmente competente. Ainda acho que seria melhor se o Chiang tivesse cuidado de tudo, dá uma estranhada quando muda, mas nada que atrapalhe.

Todas as capas tem artes icônicas
Desde a primeira edição há três pontos fortes:

1-Tem droga nenhuma de história de origem.
2-As histórias NÃO SÃO interconectadas com as outras dos Novos 52, NEM MESMO as que incluem a Mulher-Maravilha com a Liga da Justiça. Sendo assim você pode lê-las sem se preocupar em ter que ligar pro Saul Goodman pra te arranjar correndo uma edição de "Herói Vendendo Pouco#X" pra saber uma ou duas conversas que não quiseram te revelar na série principal.
3-Seguindo a auto-suficiência, também não precisa ter lido nada que veio antes. Apesar de às vezes dar a impressão que precisa, Azzarello conta todo o necessário.

Logo no início são apresentados os personagens que levarão a história pra frente sob o acontecimento de que Zeus sumiu e simplesmente não existe mais. Apesar de se manter fiel, a própria Mulher-Maravilha sofre mudanças, como por exemplo a ideia dela na verdade não ter sido criada do barro, isso ser só uma lenda e ela ser filha de Zeus.

"Bem, somos família agora. E nesta família há dois tipos de membros. Aqueles contra você... e aqueles contra você. Então, com isso em mente..."

Já os outros deuses, simplesmente foram recriados do zero, o que sempre pode dar problema. E com certeza, sempre vai dividir opiniões.

O remake, as novas versões


Tudo foi feito naquela ideia "Mitologia Grega nos dias atuais". Eu gostaria de poder fazer comparação com "Percy Jackson", que também é assim, mas eu não conheço direito. De qualquer forma, Azzarello mergulha na sociedade, nas tribos e nos estigmas para sintetizar a forma humana de tudo que representa aqueles deuses. A Íris, Deusa do Caos, parece uma drogada, sempre bebendo uma taça de alguma bebida alcoólica, com a cabeça raspada e profundas olheiras; ao mesmo tempo tendo roupas e pose de milionária, ficando claro que ainda é uma divindade. Já o Ares, Deus da Guerra, um dos principais vilões da Mulher-Maravilha, tem NADA a ver com o que a gente já conhece. É um velhinho esquelético, sem os olhos e com os pés sempre sangrando, como uma vítima da guerra. Apesar de eu ter escrito tudo muito bonitinho até agora, nem tudo é chocolate. Hades e Posseidon por exemplo, são meio intragáveis. Esses dois por acaso foram feitos por Tony Akins, e não Cliff Chiang. Sendo dois dos principais, as suas aparências não aspiram grandiosidade, levando um tempo pra que você se acostume caso já tenha suas versões preferidas, o que é muito provável, afinal, a Mitologia Grega já foi redevorada centenas de vezes na Cultura Pop.






Não é? De qualquer forma, mesmo com algumas baixas, dá pra entender o que os artistas fizeram e entrar no mundo deles. Dessa forma a Mulher-Maravilha e seu grupo de amigos que a acompanha quase o tempo todo (Hermes, Zola, Órion, entre outros) são convidativos e bem apresentados. Mantendo o que torna suas histórias interessantes há tantos séculos, os deuses continuam seres imprevisíveis e multi-facetados, fazendo a trama valer só por eles mesmos. Mas não é um gibi só deles mesmos! É um gibi da...

MULHER-MARAVILHA!

"Me enfrente, Primogênito. Eu sou a filha de Hipólita e Zeus. Eu sou a Deusa da Guerra. Eu sou a Mulher-Maravilha! Mas eu só preciso ser eu mesma."
A história, obviamente, também se trata da personagem que dá o título do quadrinho. Mas por enquanto nos Novos 52, esqueça toda aquela coisa dela ser uma Embaixadora da Paz enviada da Ilha Paraíso. É claro que é importante na essência personagem, mas não consta nesse longo arco. É como se houvessem problemas maiores no momento. Herdeiros guerreando pra tomar o trono de Zeus... o vilão Primogênito que surge de repente dando nova vida às histórias... Enquanto isso Diana tem que lutar ao mesmo tempo que se descobre e afirma definitivamente quem é: a Mulher-Maravilha. Há altos e baixos, a protagonista só aguenta tudo mesmo por ser afinal, uma heroína. Diferente do Superman que foi adaptado pra atualidade sendo um pouco mais temperamental e flexível, Diana continua sendo correta como uma princesa ao mesmo tempo que é uma grande guerreira amazona. Todo o retrato emocional amoroso que Azzarello faz da personagem serve muito bem, mesmo ela não tendo tanto contato com a sociedade humana como em outras histórias.

"E é aí que você está errado. E digo isso como um elogio. Ninguém aqui deveria estar se dando bem. Eles deveriam estar pulando uns nas gargantas dos outros. Ainda assim eles não estão. Isso é sinal de um líder forte."

Durante trinta e cinco edições (mais a edição zero) essa estória e todos esses conflitos vão se desenvolvendo com os mesmos personagens, havendo pontos de virada incessantemente para que os mesmos problemas continuem, tendo uma mudança essencial apenas quando é apresentado o vilão Primogênito, que se torna o antagonista principal, mas não falarei muito sobre ele pra não entregar spoilers. Chiang e Azzarello são um daqueles casamentos criativos perfeitos, já que o desenhista esculacha em cenas de ação, na representação dos deuses nos tempos modernos, na passagem das cenas focando em coisas curiosas e poéticas (que nem acontece bastante nas histórias do Hellboy), eu virei um fã eterno dele tanto quanto da Mulher-Maravilha.


E o Brian Azzarello, que a maioria já conhece, não só não falha, como surpreende. Os heróis  e vilões são colocados como uma família MUITO problemática, de forma que suas brigas são constantes e a forma que eles sobrevivem faz parte do desenvolvimento da protagonista, que sendo uma heroína, quer naturalmente que tudo dê tão certo quanto o possível.

Zola deve ser uma das personagens mais bem feitas, sendo a conexão de Diana com o mundo humano
E como já falei, e repetirei, a trama tem surpresas e reviravoltas constantes. É sem dúvida alguma, uma boa peça de arte, na minha opinião, a melhor série que teve nos Novos 52. Durante esses três anos, a dupla pôde dar uma visão nova que a personagem sem dúvida alguma merecia. É extremamente singular, sendo que a DC já pegou o cheiro do Geoff Johns há muito tempo. Ele tem não só escrito a maior parte das multi-sagas principais, como mensais de Lanterna Verde, Liga da Justiça e Aquaman, não sei como ele tem tanto tempo... Isso passa muito longe de ser ruim, mas fica um pouco raro sentir algo mais diferente vindo 100% de outro autor. Sendo independente das outras séries mensais, Mulher-Maravilha dos Novos 52 nem sequer parece com o resto dos Novos 52, e não necessariamente por isso, é um grande e incrível acerto. Aliás, agora vou pisar fundo. Essa é a parte em que você violentamente pode ou concordar comigo ou simplesmente não.

A questão do Reboot

Sim, você reconhece esse gibi, hehe
35/36 gibis (contando com a edição #0) tão bons, um atrás do outro é algo que eu nunca havia visto com a maior amazona da DC. Aliás, não é algo que acontece bastante com qualquer série de histórias. Vou soltar logo que para mim Azzarello e Chiang foram para a Mulher-Maravilha da modernidade o que Frank Miller foi para o Batman nos Anos 80. Claro que não é tão grande pois Frank Miller não só fez um Renascimento para o Batman, mas para todo o mundo dos quadrinhos. Mas ele extrapolou o que deveria fazer, realmente trouxe a personagem pra onde ela talvez já devesse estar há um bom tempo: o Trono do Fascínio! Onde você fica impressionado com o personagem mesmo que haja uma visão diferente de quando ele foi criado, mas contando com alguns conceitos que se mantém suficientes para que ele continue sendo eterno.

Pra mim, e acho que pra todo o resto do mundo, "O Cavaleiro das Trevas" e "Ano Um" do Batman, são a versão suprema de um remake/reboot/renascimento. He... he... he... Eles continuam sendo referência do que o personagem é hoje, e até hoje ele é um sucesso. Mas afinal, o que faz de "O Cavaleiro das Trevas" tão diferenciado? Usarei as palavras do próprio Alan Moore(Piada Mortal, Watchmen) dos tempos quando ele não falava de super-heróis com ódio e desprezo:

"Sim, o Batman ainda é Bruce Wayne, Alfred ainda é seu mordomo e Gordon continua sendo o chefe do departamento de polícia. Ainda há um jovem ajudante chamado Robin, junto a um Bat-Móvel, uma Bat-Caverna e um Bat-Cinto de Utilidades. Coringa, Duas-Caras e Mulher-Gato continuam em evidência na lista de vilões. É tudo exatamente igual, com exceção de que...

...é tudo diferente."

Eu não teria como explicar melhor (aliás, eu não, o Alan Moore!). Os reboots só funcionam dessa maneira. Uma forma meio delicada, não necessariamente passando um furacão em tudo que já foi feito. É a forma que funcionou com Frank Miller, aliás, até com o Christopher Nolan dos filmes. Não adianta ficar lendo a primeira história da "Bela Adormecida" por todas as gerações. As crianças vão ficar com medo! Muita gente não gostou do filme do "Homem de Aço", eu também acho que o "Homem de Aço" voa bem longe da perfeição, mas passa bem pertinho da tentativa certa. Não vejo problema em reutilizar o estilo do Nolan, não se trata de ficar parecido com o Batman, se trata de dar certo. Eu ainda não consigo considerar as críticas que reclamam que no último filme o Superman não era o Superman porque houveram grandes efeitos e doses cavalares de ação, na verdade... eu adorei isso. Eu quero ver o Superman socando um vilão entre prédios e tendo que lidar com situações que eu não esperava, e não pegar um monte de pessoinhas caindo (sempre com a Lois Lane no meio) e tendo que enfrentar o Lex Luthor com falas e enxaquecas causadas pela kryptonita. Esse é o Superman, mas eu já vi tudo isso e tem até um nome que eu uso pra chamar isso; eu chamo de "Superman:O Retorno", e eu ODEIO. Aliás, nem cheguei a assistir duas vezes.


Tudo bem que o Henry Cavill não é o Christopher Reeve, ele pode não ser uma versão do Superman, mas dizer que ele não é o Superman só porque ele ficaria desconfortável na nave dos Ursinhos Carinhosos já é picuinha. Ele não só é o Superman como é a versão mais OP dele já vista em movimento. Sem dúvida mais interessante que o último que tem estrelado nos gibis. Nada que Lex Luthor, o Planeta Diário, Batman e algumas doses de kryptonita não resolvam atiçando nossa nostalgia. E voltando à Mulher-Maravilha, os caras acertaram bonito e fecham a série com muito louvor. Próximo ao desfecho há um pouquiiiiiiinho (bem pouquiiiiinho mesmo) de histórias mais lentas, mas depois do que você já leu tudo que veio antes com certeza não vai querer parar e o final é recompensador, tratando de deuses, humanos e deixando pontos soltos para a sua própria interpretação e filosofia.

E já sabemos o que será do futuro!


Essa série de Diana realmente terminou. Azzarello e Chiang não trabalharão mais com ela em 2015. Quem já tá prometido há um tempo pra fazer isso é Grant Morrison, o Lex Luthor da vida real (só que mais maníaco, mais estranho e com a careca mais brilhante). Porém, o que ele está fazendo também é "independente" e dessa vez voltará a origem da personagem, na época em que ela ainda estava para se tornar a maior heroína do Universo DC. Ao contrário do último escritor, ele já revelou querer trazer elementos da origem da personagem. Então sim, já veremos uma nova versão da personagem novamente, mas sendo com Morrison, dificilmente será ruim. Mas também tenho certeza que dificilmente esquecerei dessa última nova visão da personagem e seu Universo. Se houvesse uma versão encadernada eu compraria; não só pra ler de novo, mas também pra emprestar pra pessoas que com certeza se surpreenderiam tanto quanto eu.

"Acho que por muito tempo as pessoas trataram a personagem de forma muito intocável, e isso leva a estagnação. Por que o Batman é tão relevante? É porque ele continua sendo reinventando constantemente. Há um monte de histórias que você pode contar com o Batman. E há um monte de histórias que você pode contar com a Mulher-Maravilha também. Essa era a nossa ideia." Brian Azzarello

Os gibis estão lindos, agora temos que ver qual será o resultado da primeira adaptação da personagem para os cinemas, na pele de Gal Gadot. Ela aparecerá em 2016 (se não adiarem novamente) em "Batman V Superman: Dawn of Justice" de Zack Snyder e posteriormente deve ganhar um filme solo em 2017 (novamente, se eles não adiarem). Será que a personagem e toda sua mitologia conseguirão uma merecida ascensão de popularidade no público geral? Afinal, acho que nós leitores já nos acostumamos com a distância de atenção que existe entre os filmes e as HQs.



Agora o link pra você poder ler online, foi o que eu usei: http://hqonline.com.br/?page_id=4058

Li tudo quase que de uma vez e já comecei a ler de novo agora que terminou. Espero que você goste também e bem... provavelmente gostará. Agora consigo ver melhor a Mulher-Maravilha como uma personagem pra ficar do lado do Batman e do Superman, com Flash e Lanterna Verde tendo que se contentar em vir logo atrás dela, ao menos no momento, hehe. Outro que eu curti MUITO nos Novos 52 foi o Capitão Marvel do incansável Geoff Johns com desenhos mais do que perfeitos do Gary Frank. Pena que terminou o arco inicial e fizeram mais nada o.o Queria que voltasse.


P.S.: Se você conhecer mais histórias marcantes da Mulher-Maravilha, não se incomode de recomendar nos comentários, colega. Mas só lembre-se de deixar link pra download também, já que o PirateBay naufragou...