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domingo, 11 de maio de 2014

Os melhores universos de ficção da atualidade - Parte II: Star Wars


Caso você não tenha lido, o último foi sobre o Batman. O meu plano era fechar essa série de posts justamente com Star Wars, mas estou sem tempo para pesquisar os outros que eu queria colocar antes. Como Star Wars eu conheço de trás pra frente, dá pra agilizar. Mudanças de planos fazem parte da vida. Como na Parte I, a ideia é além de apresentar o universo escolhido, argumentar porque que ele é um dos "melhores universos de ficção da atualidade".

Há muito tempo atrás, em um cinema muito mais cativante...

Em 1977 lançava o primeiro STAR WARS. A ideia do jovem George Lucas era narrar uma aventura como a de um conto de fadas, só que no espaço. A liberdade criativa levou a uma das tramas mais cativantes do cinema, que permaneceu cult até hoje. Todos os anos, 4 de maio é lembrado como o "Star Wars Day". E o insano é como tudo evoluiu rápido. Antes de tudo, Star Wars foi uma ideia, um roteiro, que se tornou um filme. Em pouco a galáxia muito muito distante já havia se tornado uma febre e um ícone cultural. Assim se manteve por décadas. Mas antes de passarmos essas décadas, vamos ver melhor a trilogia original.

Hoje em dia já se marcam continuações antes mesmo do filme ser lançado. Isso é comum e já está até se tornando raro ver um filme de ficção que não contém um final em aberto. Nos anos 70 ainda não era bem assim, mas Star Wars manteve uma continuação a cada três anos até que a primeira trilogia fosse fechada.

A Trilogia Clássica: O A a Z de uma série épica


A primeira trilogia de filmes do Star Wars estabeleceu certos parâmetros que podem ser vistos como uma aula de como fazer uma (ou três) história(s) de ficção. Vamos aos pontos principais que me levam a acreditar nisso.

01.Personagens diferentes e carismáticos


Todos os atores eram desconhecidos. Além disso economizar dinheiro, ajuda a dar um ar mais inédito a tudo. Se Han Solo, Luke Skywalker, R2-D2, C-3PO, Chewbacca, Obi-Wan, Leia e Luke Skywalker apaixonam as pessoas até no jogo em LEGO, fica claro que foram personagens muito bem feitos. Lucas já tinha feito várias versões diferentes dos personagens principais, até chegar a essa, que foi tão bem aceita. Alguns elencos são formados por vários soldados, ou vários bruxos, o de SW é completamente diferente, um caçador de recompensa, um jedi, dois dróides, um wookie... é como um RPG no espaço.

02.Isso é Star Wars


Me irrita um pouco em filmes mais recentes de ficção eles quererem te enfiar um universo novo goela abaixo. Por exemplo, um filme que todo mundo gosta, "A Origem" de Christopher Nolan. Quanto tempo o personagem do Leonardo di Caprio fica explicando como funciona aquele mundo dos sonhos? Sinceramente, aquilo parecia uma aula. Avatar então, o filme todo é um Discovery Channel do mundo de Pandora. No Episódio IV Obi-Wan explica o que é a força em 15 SEGUNDOS! E todo mundo entende. Ponto. Tá mais que bom. O resto da galáxia está lá, a teoria já acabou, o resto você e Luke vão aprendendo na prática. Isso é Star Wars.



03.Darth Vader


É o cara que não corre, mas chega lá. Ele não diz "Bu!", mas te assusta. Não coloca a mão na tua garganta, mas ainda assim te estrangula. É o Darth Vader, principal ícone da série. Tudo na história meio que se estende a partir do jedi caído, já que o foco é a tragédia dos Skywalker. Vader passa longe de ser um vilão comum. Onde está o rosto dele? Nem sequer é humanizado, será que é um monstro? Outras complexidades do personagem valem para outros pontos.

04.A morte de Obi-Wan


O velho Ben era uma representação paternal no grupo. Era o mais sábio e o mais velho. A morte dele é meio inesperada, já havendo uma surpresa forte no primeiro filme da saga. Além disso, é contado como ele era o mestre de Darth Vader e os dois já haviam se enfrentado anteriormente. Isso já coloca o vilão como um personagem que tem conexões com o elenco principal. No segundo filme ainda é mostrado que morrendo Obi-Wan se tornou eterno como um fantasma, e ainda mais poderoso do que antes, uma ideia interessante.

05.O Império Contra-Ataca, um exemplo de continuação


O Episódio V prova que continuações estúpidas e piores que as obras originais não são uma realidade constante. A sequência trouxe uma história mais forte e evoluiu as tramas individuais de cada um dos marcantes personagens, inclusive Darth Vader.

06.Mestre Yoda


Junto a Vader, Yoda foi um dos personagens mais carismáticos da série, que conseguiu ser conhecido por todos, mesmo os que não apreciam ou nunca viram o filme. A sacada genial foi fazer um personagem que apesar de minúsculo e humilde, guarda uma enorme sabedoria dentro de si. E além disso, ele é engraçado! Assim como Darth Vader, Yoda é um personagem que chama a sua atenção automaticamente pois quando você olha se levantam várias dúvidas: por que ele é assim? De onde veio? Por que se exilou em um pântano? Como adquiriu toda essa serenidade e inteligência?

07."Eu sou seu pai"


O vilão já era próximo do elenco de heróis por ter sido treinado por Obi-Wan. Eis que no episódio V são reveladas mais duas conexões inesperadas: 1.Leia é irmã gêmea de Luke 2.Darth Vader é o pai dos dois.


"Eu nunca me aliarei a você!"
"Se ao menos você conhecesse o poder do lado negro. Obi-Wan nunca lhe contou o que aconteceu ao seu pai?"
"Ele me contou o bastante. Ele me contou que você matou ele."
"Não. Eu sou o seu pai."

Em uma cena Vader que já era um vilão aclamado se torna um personagem ainda melhor, agora humano, tem até filhos. Imagina a situação dele enfrentando os filhos que lhe foram negados destruindo o seu império? Esse é o ápice da história, na minha opinião. Não duvido que essa possa ter sido a maior surpresa da história do cinema, e logo após ele cortar fora a mão do herói. Também no episódio V, o caçador de recompensas regenerado Han Solo é dramaticamente petrificado para ser entregue a Jabba, mais uma cena surpreendente.


08.Darth Sidious era o verdadeiro vilão

Vader, apesar de mal e definitivamente consagrado como vilão da franquia, no último filme se revela uma vítima de um mal ainda mais puro. Um vilão sem conexões emocionais, realmente sádico e desprovido de qualquer pena. O vilão que ensinou tudo que Vader sabe, o Imperador. É um inimigo TÃO precavido e cuidadoso, que nem sequer APARECE nos outros dois filmes, manipula todos os acontecimentos de um ponto seguro. Só quando a situação aperta que ele vai conferir... e nessa quase destrói as tropas rebeldes, converte Luke para o lado negro e friamente se livra do seu fiel aprendiz! Ações essas que levam ao outro ponto alto do longo enredo.

09.Vader salva o dia


Nos últimos minutos do filme, e últimos minutos de vida do seu principal personagem, ele decide corrigir todo o mal ao qual dedicou a sua vida e o seu poder e salva o seu filho, matando o seu próprio mestre na marcante cena em que ele joga o Imperador no núcleo da Estrela da Morte, virando um herói e ganhando o respeito do seu filho como pai. Quantas vezes um vilão se regenera? Ainda mais quando esse vilão é Darth Vader, que explode planetas e tortura a própria filha.



10.O gran finale


O último filme da trilogia termina com a clássica cena da celebração da vitória dos rebeldes sobre o Império. Todos os personagens aparecem, inclusive os mais velhos que faleceram. E a história termina aí, não aparece uma mão saindo do caixão, nem nada, e creio eu que ficaram todos satisfeitos com esse final épico.


E é por isso que eu digo que Star Wars é uma aula no que se trata de contar histórias de aventura e ficção. É o Be à Ba, o A a Z. Tantos anos se passaram e continua raro ver uma trilogia com tantos altos e baixos e revelações surpreendentes. Um bom exemplo é a trilogia do "Batman" feita pelo já mencionado Christopher Nolan. Já a trilogia do "Homem de Ferro" é algo triste de se ver se você espera um bom conto de aventura. Mas como realmente se faz... a resposta está em Star Wars.



Filmes não são o bastante


Não demorou muito para que o famoso "Universo Expandido" começasse. Entre os episódios IV e V a série já tinha um sucesso fortíssimo. Uma animação baseada no filme já vinha introduzir o caçador de recompensas Boba Fett, tão bem aceito que apareceu em "O Império Contra-Ataca" e se tornou um dos personagens mais queridos da série no futuro.


Também antes do Episódio V já saía "Splinter of the Mind's Eye", em fevereiro de 1978. Por Alan Dean Foster, a novelização já enriquecia o universo que havia acabado de ser criado. E isso era só o início! Prova que Star Wars já foi feito para ser uma história além das outras.


As expansões aumentavam o que havia no filme, mas não demorou e os próprios filmes já passaram a contar com menções honrosas ao Universo Expandido. Na verdade, tendo personagens como Fett e Grievous surgido antes em outras mídias do que nos filmes, dá pra afirmar tranquilamente como se trata de uma coisa só, com raras inconsistências.

No Ep. III Grievous tosse e anda corcunda por causa de lutas que teve contra Mace-Windu nos desenhos e gibis
Expansão sem limites


Competindo com "Star Trek" e "Planeta dos Macacos", Star Wars conseguiu tranquilamente vencer a concorrência e se tornar a série mais cult do séc. XX. A grande paixão pela série resultou em livros e gibis (que bem que eu queria, mas não posso listar todos, pois não conheço) que mostram aventuras tanto de Luke Skywalker e Darth Vader, até personagens secundários que fazem pontas minúsculas ou nem sequer aparecem nos filmes. Alguns soldados simplesmente estão em um confronto, mas no UE existe um aprofundamento gigantesco na jornada daquele cara.

Yoda na Caverna do Lado Negro em Dagobah
Isso vai por todas as épocas. Há os Episódios VII, VIII e IX que dão continuidade ao filme, e esses próprios tem continuações, chegando a ser mostradas histórias até dos netos de Luke. Há aventuras entre um filme e outro, durante, e até MUITO antes, mostrando épocas em que nenhum personagem conhecido sequer existia. A partir daí esses personagens novos foram ganhando popularidade e protagonizaram séries própias que duraram bastante como "Knights of the Old Republic", "Jedi Council", "X-Wing", "Dark Times", "Rebellion", "Legacy" e etc, etc, etc. Uma minoria de histórias foi publicada pela Marvel, mas a maioria foi pela Dark Horse. Você talvez consiga achar as coleções lançadas no Brasil (nem tão antigas) pra vender na internet. Ou baixar...

Veja como só dos caçadores de recompensa que aparecem no Episódio V, cada um tem uma série de histórias...
Dessa forma o Universo Expandido faz de Star Wars uma mitologia tão rica em personalidades quanto as editoras de quadrinhos Marvel e DC. Só não é tãããão grande no catálogo porque também não tem histórias todos os meses, mas o tamanho da mitologia é praticamente o mesmo.

Influência e respeito


Mais uma prova de que a série foi divisora de águas, é o tamanho de tributos que são prestados. Looney Tunes, Simpsons, Padrinhos Mágicos, principalmente Family Guy. Sobram meios que deixam clara a influência de Mestre Yoda e companhia.







A nova trilogia de filmes
"Ou você morre como um herói, ou vive o suficiente para se tornar o vilão."
Aí vai uma estranha história sobre excelentes ideias e processos esquisitos. Nós há pouco tempo tivemos surtos nerds com o anúncio do filme que colocará o Batman contra o Superman, isso porque tivemos filmes dos dois há menos de cinco anos. Isso torna fácil imaginar a loucura (pra quem não estava lá) de como foi quando anunciaram um novo filme da série de 83 pra 99. É mais de 15 anos! E a tecnologia gráfica tinha evoluído muito!

Seria um tremendo desperdício não trabalhar em uma trilogia de filmes com o passado da série clássica. Era o que já estava sendo feito com vários filmes e gibis. Eis que para a alegria (e futura decepção) do público, saiu "Star Wars I: A Ameaça Fantasma". Se iniciava uma trilogia cinematográfica mostrando o passado dos personagens e explicando os eventos que levariam à guerra entre os rebeldes e o Império. Absolutamente nada poderia animar mais os fãs!


É aí que por razões estranhas tudo é feito de forma descuidada. O roteiro sem dúvidas fortaleceu a história de Star Wars, bastante. Mas muito ficou mal-feito! Parece que foi tudo feito com pressa, sem Lucas parar uma vez pra dizer "Corta! Isso pode ficar melhor!". Em "A Vingança dos Sith" a melhor interpretação é a do Mestre Yoda naquele bagulho. Como um "filme nerd" tudo é perfeito, tem as lutas e os efeitos, mas é muito ZUADO! Tem cenas absurdamente absurdas! Como o Palpatine mata um jedi enquanto ele fica parado olhando?! Parece um trabalho de escola onde ninguém tem experiência de direção.


É claro que para os fãs foi muito bonito. Eu mesmo gostei dos filmes na primeira vez que vi, afinal, o que seria mais legal de assistir do que o Mestre Yoda lutando contra o Darth Sidious? Mas as cenas ficaram muito mal-feitas. A maioria... O que é totalmente triste, já que a primeira trilogia além de fenômenos nerds, também eram obras de qualidade na história do cinema, o mesmo não pode ser dito dos episódios I, II e III. Os dramas dificilmente são convincentes, mesmo contando com grandes atores como Natalie Portman e Samuel L. Jackson, de tal forma que a culpa passa para a direção... Lucas. Há um grande universo, grandes personagens, grandes atores... ops!


O pior de tudo... foi essa tristeza acima. O melhor personagem a ser explorado que era o Darth Vader, caiu nas mãos do infeliz Hayden Christensen. Darth Vader é um vilão do TOPO. Junto com Hannibal e Coringa. ELE TORTURAVA A FILHA! Esse ator é uma porcaria! Junta isso com a produção apressada e o Vader da nova trilogia é um verdadeiro fail. Chega no último filme você quer ver os últimos momentos de Vader antes de entrar na armadura, mas você não vê. Você vê um bebê chorão. Imagina como teria sido épico se eles tivessem contratado, sei lá... o Heath Ledger!


Ou o Leonardo DiCaprio!


São excelentes atores! Podiam ter passado algo mais sombrio e assustador. Não é por nada que nunca mais vi Hayden ser contratado para um filme grande. Bem, conclusão: a nova trilogia, apesar de ser 60% de zuera 40% uma história muito foda, foi um tremendo sucesso de bilheteria e não poderia ser chamada de fracasso nem de longe. O universo SW continuou único e serviu como uma luva para a nova geração mais nova. Junto vieram dezenas de jogos, quadrinhos e o desenho animado do Cartoon Network, que conquistou toda a molecada.


Atualidade


Apesar dos filmes meia-boca, os jogos (como "LEGO" e "Battlefront") e os diferentes quadrinhos foram ótimos. Mas isso já não é mais atualidade. Star Wars é uma série de mais de 30 anos! Como ela vive hoje? Tirando o desenho que agrada bem as crianças, a infeliz resposta é... não muito bem. O game "The Force Unleashed" chamou a atenção, mas quando jogado dá pra notar um toque repetitivo, o game todo é igual a demo. Sem falar que o personagem Starkiller é tão poderoso que tira o sentido total dos filmes caso eles pudessem puxar uma nave do céu usando a força.


Os gibis pararam de ser publicados pela Dark Horse, já que a Disney comprou os direitos, agora vai ser pela "Marvel", que também é Disney. Com a LucasArts fechada, os games em planejamento foram cancelados. Mas eu diria que isso é só uma fase de transformação...

O futuro


Apesar da polêmica, o fato da Disney ter comprado os direitos do Star Wars na verdade é uma boa vitória. Eles tem um histórico de excelentes produções que vão desde "A Bela e a Fera" e "O Rei Leão" até "Piratas do Caribe" e "Vingadores". É que... a nerdada tem recalque do Mickey, UHSAHSAUHSUHUSAH. Ele já tem uns 90 anos de fama, ou quase isso.


A primeira coisa que eles fizeram foi... confirmar uma nova trilogia! É algo delicado de se mexer, já que o principal vilão (Sidious) já morreu e o seu grande plano foi destruído. Porém, olha pra última trilogia... não é difícil uma equipe dedicada fazer algo que possa ser levado mais a sério que aquilo. A Disney não economiza em efeitos, é a melhor nessa área, em 2006 eles já tinham aquele Davy Jones de CG. Talvez a história não seja tão atraente, mas a produção provavelmente será melhor, muito mais responsável. No mínimo nós devemos ter uma trilogia de filmes de qualidade. E uns combates de sabre muito loucos que devem ter evoluído muito desde o ep. III.


E não é só isso! Eles já afirmaram que pretendem fazer filmes protagonizados por personagens secundários como Mestre Yoda! Cara! Imagina um filme do Yoda! Temos só a ganhar. Com a Marvel eles já voltaram a lançar os gibis, e retomaram a produção de um novo game da série "Battlefront"! Algo que nunca saía na LucasArts! Atualmente Star Wars é o professor da ficção, você pode ver os seus discursos sobre o "lado negro e o lado jedi" influenciando obras até como Kingdom Hearts. É provável que em breve Star Wars voltará a ser um dos universos de ficção mais vibrantes e presentes da atualidade. O sétimo filme estreia em dezembro de 2015 e a data de lançamento do novo "Battlefront" deve ser anunciada em breve. É só esperarmos. Que a força esteja com vocês!


Wow! Mas que semana! Prison Planet, A Cagada e agora esse post. Espero que tenham achado interessante. Eu não estaria escrevendo tanto se não fosse pelo crescente suporte da galera ae, então, muito obrigado a todos os meus leitores. Próxima parte? Só garanto que vai demorar XD Mas deve sair.

segunda-feira, 17 de março de 2014

Os melhores universos de ficção da atualidade - Parte I: Batman


Tentativa de post novo, espero que fique bom. Como dá pra ver, a ideia é que haja mais de uma parte. Teve pedidos que eu fizesse um A a Z do Batimá, mas já é o tema que eu mais escrevo, na verdade acho que já tá até ficando meio supersaturado, mas... bem, o nome do blog é Joker, se isso não é uma boa razão eu já não sei de mais nada.


E qual é a diferença entre esse post e os "A a Z" que eu já fiz? Os A a Zs eram dossiês, esse também deve ser, mas quero meio que todas as partes juntas façam uma super matéria de vários universos de ficção da atualidade que chutam bundas. Ao invés de simplesmente falar dele, também procurarei argumentar o porquê de eu estar o fazendo. Vamos começar pelo Homem Morcego que já é previsível que eu escreva, afinal, ele já recebeu mimos da minha atenção várias vezes no passado.

O Batman, quando e como tudo começa?


Resumindo, Batman foi criado em 1939, pelos na época jovens Bob Kane e Bill Finger, estreando na revistinha Detective Comics 27. Com o sucesso que o Superman havia feito um ano antes na Action Comics, a DC enxergou que o caminho era criar mais super-heróis. Para a nossa sorte, Kane se mostrou um artista criativo e seguiu uma linha bem diferente, fazendo um personagem detetive, que nem sequer tem super-poderes.


O Cavaleiro das Trevas foi criado com inspiração em esboços de da Vinci, Sherlock Holmes, Zorro, filmes expressionistas de terror e histórias pulp. Com aparência gótica, o Batman chegava para ficar como o primeiro herói de postura séria, agressiva e meio impiedosa. Isso tudo foi em 39, fazendo as continhas nós podemos concluir que Bruce Wayne já está por aí há...

75 anos. Esse Batman é o mesmo de hoje?


Fico feliz em poder dizer que sim. É muito comum nessas histórias que dão certo por décadas muito mudar através do tempo. Pega por exemplo os contos de fadas, com os personagens mais populares que haviam até a chegada dos super-heróis. Esses contos eram terríveis, eram pra dar medo e muitas vezes incluíam mutilações e estupros, tipo de coisa que passa longe dos livros dos irmãos Grimm e desenhos da Disney. O próprio Superman não tem uma origem tão detalhada inicialmente como viria a ter, mas esse não é o caso do Batman.


O bacana foi que Bob Kane fez logo na primeira edição uma origem já bem detalhada do super-herói. É claro que não mostra ele treinando ao redor do mundo, mas muito do que faz parte da essência do personagem em filmes do Christopher Nolan já estava lá desde o início. Na primeira edição Wayne já tem o seu plano claro, se tornar o medo dos criminosos, ter que aterrorizá-los. Estudar teatro para poder proteger a sua identidade pagando de playboy despreocupado quando aparecer como Bruce Wayne. Apurar os seus estudos em diversas áreas como química, psicologia, criminologia e tudo mais o que há para poder ser o vigilante perfeito. Coringa e Pinguim podem ter mudado bastante com o tempo, mas o Batman já era o cara infalível, o Batman já era o Batman.


Caso você tenha curiosidade em conhecer essas primeiras histórias, a coletânea "Batman 70 Anos" reúne as principais. Foi lançado no Brasil, não sei se todos os volumes tiveram fácil acesso, às vezes eles simplesmente param de vender (além de ser tudo caro no nosso país as pessoas ainda não leem muito).


Um grande universo


A razão desse post ser sobre o Batman e não sobre todo o Universo DC, é que na verdade o Batman tem sua própria mitologia particular e autossuficiente. Não é todo o universo DC que tem a mesma moral que o Batman. Caçador de Marte e Aquaman não tem esse crédito de 75 anos que me permita fazer um post desse tipo com eles. Isso não é por eles serem personagens mais ou menos interessantes do que o Batman, mas sim porque além dele ser foda, a sua mitologia toda foi muito bem trabalhada.


Ajudantes do Bats como o Alfred, o Batmóvel, Robin, Gordon e Mulher-Gato se tornaram e ainda são ícones tão populares quanto o próprio. E o que dizer então dos vilões? Coringa, Duas-Caras, Sr. Frio, Pinguim, Arlequina; não importa para qual meio de entretenimento eles migrem sempre se destacam como os melhores antagonistas do terreno. 


Além desse primeiro esquadrão estabelecido com Coringa, Gordon, Robin e Mulher-Gato, hoje existe uma centena de personagens que fazem parte do universo do Batman. Há por exemplo o Damian, filho do Batman, o Batman do Futuro que passava no Cartoon Network, Maggie Kyle, a irmã louca da Mulher-Gato que acaba se tornando vilã pessoal da própria e muitos outros.


Ao meu ver Kane e Finger não são responsáveis por nem metade disso tudo. Eles criaram nem o Ras al Ghul, não criaram o Bane, a Harley... Mas mesmo assim, não haveria tantos artistas que por 70 anos se interessariam em enriquecer tanto esse universo, o deixando mais forte que os outros demais se não tivesse sido criada uma base cativante o suficiente. Sendo assim, acho que esse é o segredo para genialidade do Batman, é como se o seu universo tivesse sido uma plantação onde todos com capacidade pudessem ter vindo colaborar. "Mas isso rola com quase todos os gibis" você pode dizer, mas acho que não é bem assim. Talvez tenha sido sorte, mas o Batman conseguiu se estabelecer bem melhor. Há algo na criação de Gotham que é diferente o suficiente para que ela seja a número 1...

O Asilo Arkham e a Loucura


Um dos passos mais espertos que foi tomado na construção do universo do Batman foi em Batman #258 de 1974 introduzirem o Asilo Arkham na cidade. Os principais vilões como Coringa e Duas Caras foram classificados como deficientes mentais perigosíssimos, não apenas gente ruim. Isso os diferenciou de Lex Luthor e Dr. Octopus levando à MUUUUITAS histórias paralelas que são alguns dos principais atrativos do universo Batman. O próprio herói chega a ser retratado como um personagem insano em várias histórias. Com personagens literalmente loucos, fica muito mais fácil das histórias viajarem em níveis complexos sejam para o público infantil ou para o adulto. Sem falar que a ideia de insanidade é atraente para qualquer curioso em assuntos mentais e psicológicos.


Baixos marcantes, mas altos colossais


Batman teve fases muito ruins nos quadrinhos na Era de Prata e péssimos filmes dirigidos por Joel Scumacher, mas os altos com certeza vencem os baixos. Um dos principais ingressos do Batman para a popularidade total foi a série de comédia dos anos 60. Os personagens criados por Kane e colaboradores se mostraram cativantes o suficiente para serem adaptados a diversos públicos. "Tananana", a corridinha clássica, o "santa alguma coisa", foi uma fase que deixou marcas culturais que ainda não foram apagadas.

As melhores histórias


O Longo Dia das Bruxas: Melhor história no quesito de mistério e investigação. Todos os personagens de Gotham se reúnem em uma teia de acontecimentos para vencer o assassino Feriado. Jeph Loeb e Tim Sale ampliam o arco com Dia das BruxasVitória Sombria e Mulher-Gato: Cidade Eterna;
Ano Um: Releitura dos primeiros dias de Batman feita por Frank Miller. Explora de forma mais fria e violenta a crueldade de Gotham e dá mais atenção ao início de carreira de personagens como Gordon, Mulher-Gato e Harvey Dent;
O Cavaleiro das Trevas: Em um futuro distópico, o Batman dos quadrinhos realmente envelheceu junto com as páginas e está com 50 anos em uma Gotham que AINDA precisa de um Cavaleiro das Trevas;
A Piada Mortal: Alan Moore traça um paralelo permanente entre um dos maiores antagonismos da literatura: Batman e Coringa. Seriam eles dois lados da mesma moeda?
Não Há Esperança No Beco do Crime: História que deixa bem claro como o Batman é o resultado de um grande choque de infância.


Isso tudo é clássico e isso tudo é VELHO! Não pense que eu me esqueci do título do post, "Melhores universos de ficção da atualidade". Essas histórias são todas do século XX, por isso as deixei resumidas. Batman virou o milênio com força total e esse é o ponto. Agora vamos entrar nos detalhes!

Cada vez melhor?


Haviam as ótimas histórias mensais que mantinham o personagem. Isso ainda era adicionado com as excelentes sagas e edições especiais que eu citei brevemente. Houve a série de comédia com Adam West nos anos 60, Batman Animated, o desenho de sucesso do Paul Dini que passava na Warner e os filmes do Tim Burton que foram marcantes. Com tudo isso Batman já teria um dos universos mais brilhantes do passado. Mas não é passado... ele nunca parou. E chegamos (finalmente, você está cansado?) ao ponto principal do post: Batman como um personagem de 75 anos que ainda é um ícone da cultura pop moderna. Indiana Jones também é, talvez o Darth Vader e o Rocky Balboa, mas o que eu quero dizer é que Batman é o mais frequente e incansável de todos. Poderíamos classifica-lo como o melhor?

Shhhhhhhh...!


O século XXI só teve catorze anos por enquanto, como o Batman tem 75 acho que podemos considerar isso como a fase recente dele, não é? Sim? Ok. Em 2002 e 2003, Jeph Loeb, o responsável por O Longo Dia das Bruxas, começou uma das melhores séries do Batman... Silêncio.


Pra iniciar o novo século, é iniciada uma nova trama de mistério em que Batman tem que lidar com todos os seus inimigos que estão sendo organizados por um novo, o próprio Silêncio. A série chegou a ser premiada e levou o Batman a ser a revista em quadrinhos mais vendida dos EUA. Provou que Gotham continuava fresquinha e ainda havia espaço para novas histórias. Silêncio era um amigo de infância de Bruce e se fixou como vilão, atazanado o Batman até hoje. Destaque para Coração de Silêncio, de Paul Dini.


Sob o Capuz Vermelho


Logo depois de Silêncio, um novo criminoso chega a Gotham, o Capuz Vermelho. Como vários no passado, ele quer dominar a cidade (eu sugiro que eles comecem a procurar uma cidade sem Batman). A surpresa vem quando o maluco se revela Jason Todd, Robin que havia sido assassinado pelo Coringa em 1988 na história Morte em Família. Muitos não gostaram disso, mas é difícil alguém ficar no caixão no universo dos quadrinhos e Capuz Vermelho atualmente é um dos personagens mais populares da DC Comics com a sua visão sanguinolenta de justiça.



Batman/Superman: Inimigos Públicos


Logo depois de Silêncio, Jeph Loeb não deixou a sua mente descansar e já escreveu a primeira série do novo gibi que unia os dois heróis mais populares da DC. Na história Luthor é o presidente dos EUA e culpa um meteoro de kryptonita que está chegando a Terra no Superman. Ele coloca uma recompensa de milhões na cabeça dele e do Batman, fazendo com que vários heróis e vilões da DC venham atrás deles. A história ainda tem:

-A união de todos os ajudantes do Batman e Superman para enfrentar Luthor
-O sacrifício do Átomo
-Uma nova série de planos do Lex Luthor que fez uma aliança com Darkseid.
-Um Superman frustrado que vem de um futuro apocalíptico.
-Provavelmente a história que mais liga os dois heróis como amigos e companheiros de trabalho.

Cara a Cara


Lá para 2006 ainda houveram grandes histórias e mudanças, como o Bruce adotar oficialmente Tim Drake (o Robin) e Duas-Caras fazer uma cirurgia plástica para tentar se regenerar como combatente do crime, mas ele decai emocionalmente de novo e por fim joga ácido no próprio rosto provando que suas piores cicatrizes ainda são internas.

A série de Grant Morrison


Nessa longa fase Grant Morrison (que já havia escrito Batman: Gothic e Batman: Asilo Arkham) coloca Batman em uma incessante sequência de acontecimentos loucos. Loucos mesmo cara... SPOILEEEERS! A primeiríssima história começa com Gordon caindo de cima de um prédio dando risada feito um louco graças ao gás do riso do Coringa.


Logo depois é mostrado que o Coringa acabou de matar o Batman e de acordo com ele, agora quer o Papai Noel. É claro que o Batman não tinha morrido e então ele tira um item de seu infalível cinto de utilidades. Bumerangue? Não. Um revólver. Ele dá um tiro no meio da testa do Coringa no momento que o verdadeiro Batman aparece, o outro era um policial corrupto disfarçado. A partir daí começou uma sequência de histórias que durou anos, envolvendo quebra-cabeças de espaço-tempo, a questão da insanidade na perspectiva da realidade, viagens temporais e muito mais. Acontecimentos importantes:

-Surge Damian, o filho de Batman que está sendo treinado por Tália para tomar o lugar de Ras al Ghul.
-Surge a Luva Negra, uma organização com vários vilões liderados pelo Dr. Hurt que alega ser Thomas Wayne que não teria morrido. O objetivo deles é matar o Batman.
-Histórias que mostram um futuro em que Damian é o vigilante de Gotham.
-Batman morre, mata o Darkseid durante uma crise do Universo DC e começa a viajar no tempo até voltar ao presente mas com um nível de energia destrutivo o suficiente para acabar com o mundo.


-Vários personagens lutam pelo manto de Batman quando ele some em Batalha Pelo Capuz.
-Silêncio que havia reformado o seu rosto como o de Bruce Wayne em Coração de Silêncio fica no lugar de Bruce para enganar o público.
-Máscara Negra que supostamente estava morto volta e explode o Asilo Arkham.
-Batman consegue formar uma liga de vigilantes sem super poderes que atuam ao redor do mundo, o que dá em uma outra série que precedeu os Novos 52.

Ah véi, ainda tem muito mais, não vou escrever tudo detalhado, mas dá pra ter ideia de como foi uma das séries mais intensas e complicadas do Batman. O importante é que, o maior desafio que Morrison teve foi algo MUUUUUUITO louco, MUUUUUUITO louco mesmo! Ele fez com que todas essas histórias explicassem que tudo que já havia sido escrito em quadrinhos do Batman realmente tinha rolado na mesma realidade.


Em reboots é muito comum várias coisas não fazerem sentido e não saírem da cronologia, mas Morrison já começou trazendo de volta o filho esquecido do Batman e a partir daí colocou o Batman como um viajante do tempo, o que explica as suas antigas histórias estranhas em que ele vira cacique e conhece alienígenas. O próprio vilão Dr. Hurt remete a uma antiga história que levantava a dúvida se ancestrais de Bruce já haviam sido o Batman no passado.


Os Novos 52: A Corte das Corujas


O Batman foi um dos personagens que menos mudou com o recente reboot da DC, e teve um início bem recebido pela crítica. Gotham City já sofre com problemas de "super população", mas de pouco em pouco vão dando um jeito de introduzir personagens inéditos. A Corte das Corujas é uma organização que já existia em Gotham muito antes do Batman, trazendo uma história pesada e misteriosa que caiu muito bem. Depois disso vieram as histórias do Coringa sem rosto, que não foram muito boas...


Viajando entre mídias


Batman continuou se dando muito bem nos quadrinhos, mas não foi só lá.

1-Animações Nota 10

"Hellooo!"
Houve o Batman do Futuro, que apesar de não ser tão bom criou um novo universo futurístico do Batman e a animação "O Retorno do Coringa", que agradou bastante. Teve vários desenhos solo e da Liga da Justiça, tudo sempre bem inspirado nos quadrinhos. Um dos que durou mais foi Bravos e Destemidos, que apesar de bem infantil, introduziu vários personagens da DC para uma geração mais nova.


Outras adaptações mais recentes foram de gibis como Cavaleiro das Trevas e Capuz Vermelho, destaque para a última que chegou a ficar bem melhor que o gibi.



2-A trilogia de filmes


Após vários filmes pouco conectados e mal finalizados, Christopher Nolan resolveu em 2005 trazer o personagem de volta as telas. Em uma trilogia bem forte, houveram versões eternamente marcantes de personagens como Alfred, Batman, Gordon, Duas Carras e inéditas versões do Coringa e Bane, que ficaram marcados como alguns dos melhores vilões do cinema atual. A série fugiu bem pouco da realidade, mas conseguiu usar o que o universo do Batman tem de melhor: diversidade de temas. Há momentos de investigação, drama, loucura e guerra. Aparentemente a série foi fechada de forma definitiva com o Cavaleiro das Trevas Ressurge de 2012. Apesar de não ter rolado reconhecimento da Academia e similares, os últimos dois estrelam em listas na internet de melhores filmes de todos os tempos com tranquilidade.


3-Os jogos... OS JOGOS!


Depois do sucesso inspirador do filme O Cavaleiro das Trevas, foi lançado em 2009 o game Batman: Arkham Asylum, produzido pela Rocksteady. O jogo só não pode ser chamado de divisor de águas porque não saiu outro game de heróis posterior que se compare a ele. Isso fecha uma grande corrente de que Batman conseguiu ser o herói que na atualidade tem os melhores gibis, filmes, animações e sem dúvida alguma, o melhor videogame.


Além da jogabilidade perfeita e gráficos detalhadíssimos, o jogo revolucionou em vários pontos de escala e teve enredos inéditos no universo do Cavaleiro das Trevas. Em Arkham City chegam a aparecer quase todos os personagens do universo de Gotham e estão dizendo que em Arkham Knight de 2014 terá ainda mais! Na verdade a Rocksteady (produtora do game) está junto com a DC planejando um vilão inédito, um tal de Cavaleiro do Arkham.... por enquanto sabe-se nada sobre ele, mas isso só indica como o universo do Homem Morcego continua longe de ficar parado.


Universo autossuficiente


O Batman pode ser o principal, mas os outros personagens que foram criados para interagir com ele são tão bons que acabam tendo as suas próprias histórias e até as suas próprias mitologias. Vários ajudantes e vilões do Batman já tiveram gibis solos e alguns personagens como a Arlequina já não é uma extensão do Batman, mas sim do Coringa, é como se acabasse tendo mitologias dentro de mitologias. Vou citar alguns dos meus exemplos preferidos.

O Manicômio do Coringa


Essa foi uma muito bacana série de histórias narradas pelo Coringa visando o doentio psicológico dos vilões do Asilo Arkham. Sem Batman, sem Robin, aqui os antagonistas viram os protagonistas. Há histórias de todos os principais vilões, defendendo os seus vingativos pontos de vista.

Coringa


Brian Azzarello faz essa pesada história baseada no Coringa de Heath Ledger. É mostrado puramente o mundo criminoso de Gotham, de forma tão violenta que chega a dar arrepios. Tudo é inspirado no universo de Nolan, apesar de ser bem mais pesado.

Gotham City Sirens


Enquanto Grant Morrison estava matando o Batman em Descanse em Paz, Paul Dini escrevia Gotham City Sirens, série protagonizada pelas três principais criminosas de Gotham: Mulher-Gato, Hera Venenosa e Arlequina. Dini acerta no ponto e as histórias além de terem bastante ação são divertidas mostrando vilãs como três amigas morando junto. Eu não acreditei quando vi que a Harley passa o dia todo no Twitter xingando pessoas e discutindo que vampiros são mais legais do que lobisomens. Outros personagens como Coringa, Silêncio e Charada aparecem de vez em quando. Todas essas histórias são de fases recentes e tem bastante ação. Ainda há gibis solos da Mulher-Gato, Robin, Asa Noturna, Batgirl e etc.

Imperador Coringa


Jeph Loeb strikes again! Tanana! Não esqueceu dele ainda, né? É o cara do Longo Dia das Bruxas. Imperador Coringa foi de 2000, uma série de histórias do Superman tendo que enfrentar o mais louco vilão do Batman. Isso se deu quando Mister Mxyzptlk (tinha ele no desenho do Super Amigos, lembra?) estava entediado e como sempre foi encher o saco de algum personagem da DC. Dessa vez ele foi no Asilo Arkham fazer um jogo com o Coringa, mas nada supera a mente insana do Palhaço. Ele enganou o poderoso ser em seu próprio jogo, conseguindo poderes o suficiente para alterar toda a realidade. Nada mais legal do que o Palhaço do Crime podendo fazer frente a toda a Liga da Justiça...


Essa história não teve muitas adaptações, não sendo muito conhecida, mas houve uma breve releitura que eu achei no Youtube, do desenho Bravos e Destemidos do Cartoon. Eu não acompanhei então nem sabia.



Fiquei com inveja... na minha época o Coringa não tocava guitarra muito menos cantava.


Então...


Sempre falamos como o Batman é foda e blá blá blá... mas eu concordo que ele é o melhor. Não só da DC ou como super-herói, melhor em tudo que se relaciona a Ficção. Hoje em dia você acha nada com esse tamanho e diversidade. É um herói de cidade e tal, não tem super poderes, mas pra mim a mitologia dele é a mais rica de todas. Compara com um cara que já foi o herói mais popular de todos: o Homem-Aranha. Ele não deu a mesma sorte que o Batman. Seus filmes eram bons mas agora temos essas bostas, os gibis estão na sua pior fase de todos os tempos nas mãos de Dan Slott, os jogos nunca foram tão pouco criativos. É um lixo! É duro se manter por tanto tempo, por isso acho bacana destacar a firmeza desigual da Bat-Mitologia, que acabou indo além de Batman e fazendo um território enorme.


O post acaba por aqui, mas vai ter mais, essa foi a parte 1, e a próxima terá nada a ver com Batman. Não, ainda não vou te contar qual será o próximo tema. E sim, eu ficarei super felizinho se você tentar adivinhar pelos comentários e me dizer o que achou desse. Obrigado e até o próximo. Vai demorar, mas isso não impede de escrever outras coisas até lá. E o Batman sem dúvidas continuará envolvido, primeiro porque é o meu personagem preferido, segundo que...


...e terceiro...


e ...quarto!