quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

DLCs que valem a pena ser compradas


As DLCs chegaram aos games para ficar. A explicação é muito simples. Não precisa estudar economia para pensar que milhares de pessoas pagando por aquelas DLCs de 5 dólares dão uma fortuna a mais para as empresas, uma fortuna que eles não conseguiriam se as DLCs viessem junto com os jogos. Mas eu fico puto quando parece que tão me fazendo de trouxa.


Eu imagino quantas DLCs a Capcom teria colocado em Resident Evil 4 se ele tivesse sido lançado atualmente. O modo história paralelo com a Ada Wong, minigames como "The Mercenaries", "Assigment Ada", roupas e armas especiais e etc. Aposto que tudo isso seria a parte, subtraindo a experiência do game pela metade. Apesar de pra mim a fase atual dos videogames ser melhor do que qualquer outra do passado, esse lado é muito chato.


Aí você vê que o jogo ainda nem lançou e já há trailers de DLCs... Eles tem o jogo inteiro, dividem em umas partezinhas e não te vendem 100%... eu fico puto, realmente fico e em 9/10 casos eu compro a DLC de jeito nenhum, simplesmente porque me sentiria um babaca fazendo isso. Já me sinto estúpido o suficiente pagando impostos para construção de campos de futebol (entre coisas piores).


Nos jogos do Batman sem comprar a DLC você perde a experiência bem divertida que dá pra ter de jogar com personagens completamente diferentes, até Metal Gear da Konami caiu nisso. Eu ia escrever "daqui a pouco vamos ter que comprar uma DLC pra jogar o final do jogo, e os primeiros a exigirem isso com certeza serão da Capcom", mas aí lembrei que na verdade isso já aconteceu. Em Bioshock 2 tem uma DLC que mostra acontecimentos após o fim do jogo que eu até hoje não faço a mínima ideia de quais são. Talvez exagerando um pouco, isso é como uma injustiça, uma discriminação entre os gamers que darão mais ou menos dinheiro para a empresa, já que quem paga mais simplesmente fica com um jogo melhor. Aos meus olhos isso é bem podre. É diferente de por exemplo, a Rockstar, que já afirmou que GTA V terá uma DLC sem dúvidas, mas isso ainda não foi produzido e nem planejado, eles venderam o game completo para as pessoas.


Mas tem nada que preste nas DLCs? Como eu odeio tanto elas resolvi relevar esse post para as DLCs que eu realmente curti jogar e pra mim se mostraram excelentes exemplos de como essa ferramenta pode enriquecer mais o gameplay. Vamos começar com o próprio GTA.


Como GTA V chegou aqui esses dias em casa, eu me lembrei imediatamente da minha última (agora penúltima) experiência com GTA. Eu nunca gostei da série, mas achei os últimos jogos muito bons e joguei o IV e as suas DLCs em sequência, o meu irmão tinha comprado a edição que já vinha com elas. Eu simplesmente segui de GTA IV, para Ballad of Gay Tony e depois The Lost and Damned suavemente sem nem mostrar sinal de cansar da velha fórmula e jogabilidade.


O que acontece? Acontece que "The Lost and Damned" e "Ballad of Gay Tony" chegam a ser mais divertidos do que o original GTA IV. Por quê? Bem, a Rockstar aproveitou do mapa feito de Liberty City e criou dois jogos novos, um pouco mais curtos que GTA IV. Em TLaD você é apresentado a um esquema completamente novo de aventura, aqui você não rouba carros (apesar disso ser possível), a sua melhor amiga é a sua motocicleta. Tudo é feito com a sua gangue, que é como uma família, "Brothers for life, lost forever". Eles te trazem armas, motocicletas e apoio nos tiroteios quando você precisa. A história também é independente de GTA IV e mostra o drama dos "Lost", uma gangue das antigas que está nas últimas. Andar sincronizadamente com a sua gangue para enfrentar outras já dá a essa DLC uma cara de jogo completamente novo. Até os civis que andam nas ruas e as músicas que tocam nas rádios foram modificados.


Já "Ballad of Gay Tony" apesar do nome é muito mais radical que GTA IV. As missões desde o início já vão te colocando para cometer atos de terrorismo como explodir pontes e aviões, pular de para-quedas, vencer corridas de triatlo de veículos, explodir uma sequência de helicópteros com uma arma de mão, controlar um tanque de guerra e muito mais. Pra mim foi imensamente mais radical do que a história de Niko Bellic, que só não perde o crédito por ter apresentado a mecânica e cenário básicos originalmente.


A Rockstar praticamente fez jogos novos e os vendeu como DLCs. Se for ver isso é até lucrativo para nós. Já em Batman: Arkham City, um jogo que eu acho muito melhor do que GTA IV, a situação é bem mais triste. A Rocksteady, metida com o sucesso de Arkham Asylum, cobrou por fora para que os jogadores pudessem ter no modo desafio os cenários da Bat-Caverna, do clube Icebertg, Mansão Wayne e até o modo de desafio extremo, Joker's Carnival, que te desafia a conseguir mais de um milhão de pontos. Jogar com os personagens Robin e Asa Noturna também não rola a não ser que você pague um preço extra por cada personagem. Também tinha a missão extra de prender o Black Mask nos challenges e um monte de roupas extras do Batman. Todos conteúdos que já haviam sido feitos juntos com o game. Ainda teve a DLC Harley's Revenge que dava continuidade a história, mas foi extremamente pobre em criatividade, tem nada lá que você não faça no jogo normal. Comprar tudo isso dá mais (bem mais) de 20 reais.

Nós não somos o Bruce Wayne, porra
Agora voltando às DLCs consideráveis... vamos a mais um jogo da Rockstar: Red Dead: Undead Nightmare, que foi vendido separadamente do Red Dead: Redemption.


Red Dead: Redemption era um jogo bem grande, cheio de missões extras e modo online. Dava pra ficar jogando por todo o sempre... Eis que eles surgiram com essa DLC de zumbi. Para começa-la você tem que iniciar um novo save, porque realmente se trata de um novo jogo. Aqui não é muito diferente do que foi feito com o GTA. O cenário do sul dos EUA a ponta do México levou uma espanada zumbi e tudo ficou apocalíptico. Apesar do protagonista John Marston ainda ser o mesmo e fazer as mesmas coisas, foi tudo adaptado para um novo jogo. Apesar da história ser zuada, é bem divertido de assistir os tributos a filmes clássicos de zumbis conforme Marston tenta descobrir o que transformou a América em um verdadeiro inferno.


Além dos zumbis que tem que ser vencidos com tiros na cabeça, há criaturas da floresta, cavalos do Apocalipse, um unicórnio, um monte de coisas loucas. Iscas zumbis, armas que explodem zumbis e água benta se tornam armas nesse novo universo. O estilo das missões é bem diferente, com você tendo que deixar o país seguro mantendo as ameaças zumbi longe das cidadezinhas e queimando os caixões dos cemitérios para evitar que venham mais. Não é lá tããão divertido por causa de um certo grau de repetição, e o ponto forte de Red Dead era justamente a sua variedade, mas mesmo assim foi uma surpresa muito legal que a Rockstar trouxe.


Já Fallout 3 (meu último exemplo) lançado no longínquo ano de 2008 era um RPG enorme. E depois de você acabar e ficar com aquele vazio na alma, havia mais nada para fazer, pois o jogo realmente terminava. As DLCs vieram todas com um precinho salgado, mas para mim tudo valeu a pena.

Apesar deles terem mantido a mesma jogabilidade, tudo foi produzido após o lançamento do jogo, então é claro que eles iriam vender. E produziram pra caramba! São expansões do melhor tipo:

Operation Anchorage: Esse te coloca em uma realidade alternativa na Segunda Guerra Mundial. E aí o que rola? Você realmente joga um jogo de guerra com a jogabilidade do Fallout 3, eu amei tanto que queria que lançassem um jogo só na guerra no estilo de Anchorage.
The Pitt: Você vai para Pittsburgh, uma área completamente nova em uma terrível degradação moral e social. Assim como Anchorage tem novas armas, inimigos, cenários e etc.
Broken Steel: Essa mostrava o que acontecia após o final do jogo, com váááárias missões e a possibilidade de continuar pelo mundo de Fallout após terminar o game, fazendo missões secundárias, descobrindo novos lugares e etc.
Point Lookout: Nesse você ia para Maryland e... resumindo? Resident Evil 4+Fallout 3.
Mothership Zeta: Nessa DLC você era abduzido por aliens, ia para o espaço e conseguia um monte de tecnologias alienígenas enfrentando eles.

Wow! Eu sinceramente achei tudo isso um conjunto bem caro, inclusive não comprei todas (ainda...), mas não parece mais digno do que... a meia dúzia personagens extras de Injustice ou missões que mostram como a história realmente termina em Bioshock? Pelo menos ainda tem um ou dois estúdios que fazem bom uso de expansões e tratam os jogadores com respeito, e não como... seres humanos estúpidos!!!!!! Hum...


E é isso. Bem, eu não tenho muitos exemplos já que a maior parte das DLCs são exemplos do espírito mercenário de algumas produtoras, então... fim.

2 comentários:

  1. Ah cara,é que os desenvolvedroes dedicam horas a mais para retirar partes do jogo e colocar para dowload,não tem como ser de graça.
    Ps:Não,eu não vou perdoar a Ubisoft por aquilo mesmo sendo culpa do cara.
    Ps2:Como esse post não tinha nenhum comentario até agora?

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    1. HAHAHAHA! Obrigado pelo comentário, mas a quantidade de post sem comentário... sauhsahushu, fiz um do Alice Cooper, acho que teve nem 1 view D: Vida de blogueiro desconhecido é assim.

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