terça-feira, 7 de abril de 2015

CONTRATEXTO: O mal de se sentir inteligente lendo Harry Potter e Guerra dos Tronos


Eu vi esse texto sendo compartilhado nas redes sociais umas duas vezes, e fiquei com um monte de coisa na cabeça. Resolvi que valia escrever um texto em "resposta". Se trata de "O mal de se sentir inteligente lendo Harry Potter e Guerra dos Tronos", por Ademir Luiz no site Revista Bula. Você pode conferi-lo no link abaixo:


A não ser que você acesse o blog há poucos dias, deve se lembrar que eu fiquei todo cheio de chilique quando começaram a meter que aqueles filmes do Oscar, como o maravilhoso e inesquecível Birdman, eram mais artísticos que filmes de super-heróis. Como se houvesse qualquer cabimento nessa comparação. Como se o entretenimento correto para milhões de crianças e adolescentes (e jovens adultos) cujos sonhos ainda vivem fosse a trama de um coroa frustrado que até comete suicídio. Julgar o que é e não é arte já é um dos meus pensamentos mais recorrentes há uns bons anos. Desde quando eu era adolescente no Ensino Médio discutia isso com meu amigo Bud (era um cara assustadoramente inteligente, e era sempre bom conversar com ele sobre qualquer coisa), afinal éramos obrigados a ler José de Alencar, e sendo nerds, valorizávamos nosso entretenimento mais que a média das pessoas (isso na época, lá pra 2010, hoje ser nerd é legal). Eu gostava de ir colecionando os argumentos conforme entrava em contato com eles, e me lembro que os principais eram "Batman", "Watchmen", "O Hobbit" e, é claro, "Metal Gear". Mas isso tudo é só pra atualizá-lo do meu histórico pessoal no tema, vamos rebater o texto da Revista Bula, que menciona "Harry Potter" e "Guerra dos Tronos".


Vamos começar pela primeira parte que me incomodou, apesar de muito do que o autor diz no texto ser verdade.

"(...)os volumosos livros que compõem “As Crônicas de Gelo e Fogo” (genericamente chamadas pelos civis de “Guerra dos Tronos”) são divertidos, movimentados e parecem possuir certas pretensões artísticas, detectáveis sobretudo na opção pela narrativa a partir de diferentes pontos de vista. Contudo, apesar de seus inegáveis méritos, a saga de George R. R. Martin se insere em uma tendência que têm se mostrado nociva à formação literária das novas gerações. A tendência de fazer com que o leitor se sinta muito inteligente por estar lendo. Num olhar superficial parece positivo, mas pode ser perigoso."

Essa porcaria de vir dizer o que não é arte. É como se o que é "legal" não fosse arte. Como se fosse errado apresentar elementos fantásticos pra atrair as pessoas a ouvir o que o escritor quer dizer. Como se um dragão tivesse menos mérito literário por ser um dragão, mesmo sendo uma criatura que vive de forma violenta e solitária se preocupando apenas em guardar seus bens materiais e, às vezes uma dama também. Como se não houvesse filosofia no super-herói ser obrigado a usar uma máscara para exercer o seu potencial máximo que a sociedade não permite. É como quando dizem que funk não é cultura. E não serei hipócrita, eu odeio funk, odeio ter que admitir que aquilo existe e faz parte da cultura. Mas as consequências que mais me incomodam são as crianças cada vez mais tendo filhos e pegando DSTs enquanto o McJunior diz pras Juniorquetes chuparem o pirulito dele. Se houver uma pegada crítica do McJunior quanto a essa questão, por favor, me avisem, porque eu interpreto como a celebração de uma situação muito degradante que deveria a todo mundo preocupar. Não é como falar que é trágico ouvir funk e não ouvir música clássica. Mas agora que já me defendi, depois voltamos as consequências, vamos tentar não fugir muito... Depois de dizer que os livros não chegam a ser artísticos, ele falou do leitor se sentir inteligente.

Quem?

Vou usar minha experiência pessoal aqui, mas é porque conheço muita gente que leu "Guerra dos Tronos" e 5x mais que leu "Harry Potter" (eu mesmo li os Harry Potters duas vezes). E... eu nunca vi alguém se achar inteligente por causa disso. Na boa, que afirmação estranha. Não me sinto mais inteligente nem lendo o jornal, nem livros de Filosofia, nem o Hobbit, nem o bendito Watchmen. Já disse um professor de Harvard em uma videoaula de Direito que eu estava assistindo ano passado que "(...)Filosofia é ouvir coisas que você já sabe". O autor do texto parece ler de forma diferente que os jovens, não se trata de ficar mais inteligente, apesar de, é claro, ler ampliar a inteligência. Mas é um pouco mais sensível que isso. Há uma passagem de "1984" do George Orwell, em que ele descreve isso de forma melhor do que eu conseguiria em muitas tentativas:

"O livro o fascinava, ou, mais exatamente, tranquilizava-o. Em certo sentido não lhe dizia nada de novo, o que era parte do fascínio. Dizia o que ele teria dito, se tivesse a capacidade de organizar os seus pensamentos dispersos. Era o produto de uma mente semelhante a dele, porém muitíssimo mais poderosa, mais sistemática, menos amedrontada. Os melhores livros, compreendeu, são aqueles que lhe dizem o que você já sabe."

Acho que deu pra entender, né? Quem nunca se sentiu assim? Quem não acha isso importante? Alguém aí diz que isso não é arte? O sujeito havia dito que a alta literatura expande o universo de pensamento e dar menos valor à "Harry Potter" e "Guerra dos Tronos" é uma questão de maturidade. Próximo ponto então...

Quem aguenta?

Isso retorna a o que eu disse no início da comparação de "Birdman" com os filmes da Marvel Studios/Disney, como Guardiões da Galáxia. Quem lê todos os clássicos intocáveis de vocabulário quase incompreensível são ou professores de Literatura ou pessoas muito tristes que em algum momento se convenceram a lerem o que não querem. Aí a pessoa lê como se estivesse tomando um remédio, e não faltam artigos por aí explicando como isso prejudica a formação de leitores. Todo mundo tem entretenimento de distração. Aliás, a maioria é de distração, independente do grau de complexidade. Não é como se se tornar um intelectual fosse uma pressão da sociedade sobre os indivíduos. Você pode ser burro, vão até gostar. As pessoas leem porque querem. Por prazer. Sendo assim é óbvio que elas lerão o que é prazeroso e foi escrito nos Anos 90 por autores muito competentes justamente para eles. Luiz até afirma que esse entretenimento por entretenimento é importante no seu texto, mas ao mesmo tempo fala como se fosse ficar um buraco enorme nas pessoas por não lerem o que é considerado essencial pelos críticos. Além de fazer um paradoxo, meio que dizendo que "isso é legal, mas nem tanto quanto você diz, você tem que ler essas outras coisas." Bem, eu tenho uma perspectiva meio diferente...

Nada Se Perde, Tudo Se Transforma
A partir do momento que um livro faz sucesso e é lido por milhares de pessoas, ele se torna um pedaço de inspiração pra todas essas pessoas. As que escreverem outras coisas, terão sido influenciadas por esse primeiro livro. Sendo assim, a mensagem não morre, é o fluxo da inspiração. Por mais original que algo pareça, surgiu de algum lugar, e assim vai se transformando. Há um excelente livro sobre isso que eu li ano passado, e mesmo com ciúmes dele vou deixar recomendado pra todos vocês: "Roube Como Um Artista". Um amigo meu me emprestou e é nota 10, acho que eu li em um dia só (tinha acabado de sair da faculdade). É de Austin Kleon e é dessa onda de livros com diagramação completamente criativa, de forma que todo mundo (TODO MUNDO) consegue ler sem problemas pra se concentrar, interessar e etc.


Mas há um outro exemplo pra você conseguir entender sem ter que comprar um livro pra isso. Ano passado uma amiga minha me deu o já mencionado "1984" de aniversário. É um dos livros preferidos dela (se não o preferido), ela sempre recomendava que eu lesse. Eu gostei muito, é realmente assustador, mas lembro de explicá-la como eu já conhecia grande parte do que estava lá. Por que? Porque o livro do Orwell inspirou:


Prefiro não falar muito sobre esse exemplo, mas o nome do programa é referência direta ao livro de ficção.

"Bioshock", que como um jogo de videogame, não duvido que seja considerado um "entretenimento perigoso" por Ademir Luiz. Mas Bioshock mostra uma utopia falida lotada com câmeras, pessoas loucas, discursos sobre alienação, pôsteres opressivos e os personagens "Big Daddy", "Little Sister" e "Big Sister" sendo referências ao sistema "Big Brother" do livro do Orwell. As discussões da trama também se mesclam com "A Revolta de Atlas" de Ayn Rand, uma clássica trilogia literária americana que hoje muitos jovens só vêm a conhecer por causa desse game.


Outro videogame de imenso sucesso, "Fallout: New Vegas". O personagem Mr. House é também inspiradíssimo nas tele-telas e no conceito do Big Brother.

"Metal Gear Solid", não só outro videogame, mas o melhor. No momento da tortura o jogador é colocado na visão de primeira pessoa do personagem, sendo incapaz de movimentar seu rosto enquanto ouve os seus inimigos falarem; similar o bastante com uma das passagens mais marcantes de 1984. O segundo game, "Sons of Liberty" de PlayStation 2 também discute as ideias da "Revolta de Atlas", como Bioshock.

Ou seja, cerveja? Não. Água. Água de buenas, meu amiguinho. Eu havia absorvido a mensagem de duas grandes obras literárias por meio das obras que eles inspiraram. E devo dizer que no caso de Metal Gear e Bioshock, talvez sejam até melhores. Isso porque eu nem falei do "V de Vingança" que eu tinha lido no terceiro ano quando tinha iniciado a minha caçada à obras do Alan Moore depois de ler o Watchmen. Também preciso nem dizer o quanto esse é lotado de explícitas influências.

É claro que ver o filme não faz com que você tenha lido o livro, e também não é a mesma coisa. Por exemplo, se você lê os livros do "Hobbit" e do "Nárnia" há mensagens que não ficaram tão expressas nos filmes. Aliás, principalmente no Nárnia há referências claríssimas aos contos da "Bíblia Sagrada", voltando de novo ao ponto do fluxo de transformação das ideias, como é muito bem explicado em "Roube Como Um Artista". Mas pra terminar isso tudo, acho que posso resumir com um...

Quem liga?

Eu não desprezo nem um nem o outro. Só acho que o autor faz tempestade em um copo d'água. Quantas pessoas não passam a vida sem ler nada?! Mesmo quando não são analfabetos? Eu não acho que o autor do texto esteja errado, só acho que ele foi desnecessário. Quem sai se sentindo inteligente porque leu Harry Potter? Quem sai se sentindo inteligente porque leu 1984? Alguém realmente lê pensando nisso? E mais, que autores hoje não foram influenciados por Shakespeare e por outros autores influenciados por Shakespeare? Brigar contra o tempo é complicado, mas essas comparações não tem cabimento não, sinto muito. Deixe as pessoas lerem e pensarem, no fundo está tudo conectado, não há porque de se estressar. Já dizia um sábio...

"Fiquem com seus documentários de filosofia austríaca, eu vou assistir Vingadores 2 e Batman Vs Superman"

Como ponto final... uma leitura semiótica (onde você procura interpretar a ideia que o autor realmente quer expressar por trás das imagens e das palavras) pode ser feita em todas essas obras, e o público vai decidir se foi importante pra elas ou não. "Chapeuzinho Vermelho", talvez um conto bobinho, quer desesperadamente evitar que as crianças acabem estupradas e assassinadas por confiarem em estranhos. Isso é menos importante que reflexões existenciais? As pessoas tem que ler o que é bom pra elas, oras. É como ser fã de "Vingadores" e ir assistir "Crepúsculo" ou "50 Tons de Cinza", filmes sobre a sexualidade feminina e até onde eu saiba, nada mais. Que utilidade isso vai ter pros marveteiros? Só se for pra tirar um sarro. Vou aproveitar e tirar um sarro também.

14 comentários:

  1. Na verdade tem gente que se acha mais inteligente por gostar de certas coisas.Tem mesmo.Eu acho isso algo muito estúpido,coisa que apenas gente imatura ou idiota(ironia) faria.
    Eu concordo com o autor do texto quanto a diferença de maturidade e inteligência(embora ache que ele deu um exemplo fraco) porem discordo de um monte de coisas.
    Ps:Eu não me acho mais inteligente do que ninguém pelo que gosto,mas as vezes as pessoas são mais burras(não necessariamente mais burras do que eu,mais burras do que as pessoas em geral) por gostarem de certos tipos de coisas.Exemplo:
    Quando escuto um "funk proibidão" que em 75% da letra fala que a novinha quer pau,enquanto a mesma batida repete de forma agressiva e forte,eu não aguento.Acho aquilo uma agressão aos meus ouvidos e a minha mente que não consegue lidar com tamanha idiotice.Isso me faz pensar sobre as pessoas que gostam disso.

    Diabos,é meio difícil de explicar assim,espero que você tenha entendido.

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    1. Hum... pensa, pensa... o que sempre me irrita é vir limitar a arte pelo que ficou taxado de clássico, sendo que o que virá depois será meio que um tentáculo disso, se bem feito.Pra mim se Batman, Superman, Senhor dos Anéis e contos de fadas fossem inferiores, não duravam 70 anos.

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    2. Concordo com vcs, eu ñ acho q exista "clássico", pra mim isso é muito relativo , o que é clássico pra mim pode não ser para vc . Tem muitos obras novas que ñ são clássicos e tem uma história muito mais profunda que muito clássico por aí , digo mesmo . Além do que , alguns "clasicos" são apenas fama e nada mais , ficam dizendo " essa obra clássica é fantástica, muito profunda " aí vc pergunta o porque , e ele te responde " ah,... é porque a obra é antiga e escrita por um cara famoso" , nossa , como isso me deixa nervoso
      Ps1: ótimo post, e vc dizendo q seu blog estava mal.
      Ps2: alguém sabe de alguma notícia sobre bioshock!?

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    3. Às vezes um clássico já está datado e não te adiciona nada. E a última vez que vi notícia do Bioshock era porque ia demorar pra sair continuação e talvez nunca saísse.

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  2. Acabei de ler o primeiro texto, e de reler o seu. Eu fico dividido, parte de mim sabe que são das coisas mais simples que se vão as
    mais complexas. Porém outra parte, admite que muitas pessoas não vão além do "pop" (expressando logo que odeio essa denominação, para mim, cultura é cultura, não essa palhaçada de pop. Digo isso, porque como eu já devo ter dito umas 1000 vezes, quadrinho ao meu ver é literatura, nimnão compro nem comungo da ideia de que é um subgênero ou mero entretenimento. Digo isso, me usando como exemplo de caso, quase todo o meu conhecimento, foi despertado em quadrinhos e antes disso em games, e hoje bastante em cinema. "Mas como assim? Pensei que você fosse um cara culto", talvez eu seja, acho que sou mais tido como o "semí-intelectual", percebi nos ultimos meses que eu discuto com muita gente, lendo muito menos que elas, pelo menos romances. Rollings? Meyers? Orwell (perdão lhe colocar nessa lista com esses dois anteriores), Machado, Graciliano Ramos... Não li nenhuma obra deles. No máximo conheço algumas coisas por alto, em alguns casos leio 20 ou 60 páginas. Sou um sujeito bem visual, pensei que isso fosse uma falha gravíssima, até descobrir diretores brilhantes como Scorsese que tinham a mesma "falha". Não passar das histórias "simples" para as mais complexas é questão de concepção de um gênero, bem como de estado emocional. Posso dizer que comecei a ler mesmo quando eu tinha 11 anos, com as histórias do Aranha do Ditko "refeitas", bem como o as do Quarteto Fantástico do Kirby (também redesenhada), ambas lidas religiosamente todos os meses na extinta (infelizmente, se não até hoje colecionaria) Geração Marvel. Apenas cinco anos depois, que vi nos quadrinhos mais conteúdo intelectual ao descobri a Vertigo e "independentes", e pude aprender mais quando dei uma chance ao universo DC, cerca de três anos atrás (essa é pra você que me chama de fanboy da DC nos comentários). A divisão entre entrenter e aprender é feita por cada um, também já tive um pensamento como o do autor Ademir Luiz, porém hoje vejo o inverso. "Besta de Cela" sempre vai existir, é como o blockbuster no cinema, ou megasaga nos quadrinhos. É uma avalanche inevitável, que nos cabe esquivar ou selecionar algo, de nada adiantaria todos as obras de gosto populares serem eruditas se o público não as correspondem por fecharem a mente, terem eles como falha uma predileção pela zona de conforto. Não adianta eu entregar "A República" para um adolescente que tenha seu ídolo máximo o escritor da atualidade. É escolha dele viver a vida sem buscar algo maior, sem uma fome eternar de faltar algo. E digo mais, uma coisa é complementar a outra, não adianta eu tentar melhorar visualização a literatura, se tenho algo complementar como o cinema, cada vez mais enraizaido no descomprometimento e banalidade, com óculos 3D sendo mais importante que roteiro e direção. Não adianta eu chegar para um jovem e dizer que ele precisa ser mais, já que de acordo com o mundo inverso de valores, ele acha que já faz demais. Tudo é uma escala muito longa.

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    1. Melhor conclusão possível: isso dá lenha pra queimar, haha. Depende muito das experiências próprias de cada pessoa com entretenimento.

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    2. Se eu continua-se, ia escrever três vezes que isso ai e transformar num post. Ai eu pensei "Porra, já chega".

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    3. O bom mesmo é que retomou uma velha discussão entre professores de Literatura: "Como a Literatura deve ser de fato entregue ao aluno?" Alunos de 13 á 16 estão aptos a lerem Machado?" e por ai vai. Quando discutiam isso na sala de aula, eu tinha 13 anos, e ou estava lendo meus formatinhos do Aranha que eu levava pra escola, ou estava lendo o "Guerrilha Noturna" do Joel Silveira. Se eu tivesse levado a vida a sério, talvez hoje estivesse fazendo psicologia como o sr.

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    4. Pelo amor de Deus, dava pra passar sem essa última, Ozy. Eu fazia a MESMA coisa que você, só que lembro de ficar lendo Batman e Death Note. Quanto a levar a vida a sério, eu sempre tive baixa-estima e tendências suicidas, desde novo, talvez ainda fosse melhor se eu trabalhasse no lugar de estudar Psicologia, nada é tão preto e branco, lembre-se do melhor pensamento de todos, "só sei que nada sei", a perspectiva das coisas muda que é uma beleza, hehe. Não gosto que você se desanime, meu amigo, vou te contar uma coisa: uma das pessoas mais incríveis que eu conheço trabalhou da adolescência até os 50 anos pra conseguir cursar o ensino superior, conheço ninguém que brilhe mais do que ela. Levar a vida a sério pode ser um grande problema, valorize o que te torna especial e procure fazer o que é certo. Mas eu te entendo, também sou bem desanimado, hehe.

      Me dediquei tanto a responder esse seu comentário, porque me auto-avaliando sempre achei que uma das minhas maiores defesas é não me levar muito a sério.

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    5. Quem foi essa pessoa? O sr tava mais evoluido, tava com Batman e Death Note, eu ainda tava lendo Aranha só para ver as lutas, porque era foda (droga, ainda é) ver as lutas que ele encarava, como a vez que ele lutou contra o Senhor do Fogo (e destruiu boa parte da cidade no processo). Na minha perspectiva o sr leva bem as coisas a sério, mas se doutrina a não levar. Exemplo da sua predileção por Lego e outras animações, é o sr tentando resgatar aquele humor e inocência de muitos anos atrás.

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    6. Já vi que você se cobra bastante, mais uma coisa parecida comigo, he. E interessante isso que você falou de eu levar as coisas a sério, mas me doutrinar a não levar, acho que você tem razão. Você só se equivocou na parte do LEGO e das animações, eu gosto delas justamente quando me parecem inteligentes, não tem a ver com isso no caso.
      P.S.: Falando nisso, ainda quero saber o que você achou do "Uma Aventura LEGO".

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    7. Mas elas são bem inteligentes mesmo, Lego ficou em pause há vários meses. Inclusive, é um dos exemplos que vou citar em resposta aos que dizem que quem reclama dos filmes da Marvel é porque só gostam de filmes "darks", é possível ser inteligente ao mesmo tempo em que se é "colorido e divertido", tão os filmes do Shek como uma das provas máximas, ou Toy Story.

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    8. Ah sim, o sr não falou quem foi essa pessoa.

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    9. Sim, você usou ótimos exemplos. E eu esqueci de perguntar, n tinha entendido que pessoa você se referia. Se for a que trabalhou pra estudar é uma amiga minha que eu conheci na faculdade, ela trabalhava e trabalha ainda lá mesmo, aí de noite tira o uniforme e vai pra aula.

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