quarta-feira, 1 de abril de 2015

Análise: Better Call Saul


Além do tempo apertado (se bem que agora vem feriado, não posso reclamar) há duas razões que me impediram de fazer logo a análise da série Better Call Saul: o início não me animou e... eu odeio assistir séries. Isso já é uma polêmica do blog desde quando começaram a fazer essas séries de super-heróis como Arrow, Flash e Gotham. Eu não gosto de assistir série! Eu não tenho paciência! Então prefiro nem escrever, qual seria o sentido de eu fazer resenha de algo que eu tenho que me esforçar pra acompanhar? Eu simplesmente ficaria escrevendo como gosto de nada. "The Walking Dead" eu assisti só a primeira temporada e mais um pouquinho, "House of Cards" e "Game of Thrones" eu já perdi a conta de quantas pessoas já me disseram pra assistir, mas eu vou adiando... A única exceção foi: Breaking Bad.

Eu vi o Breaking Bad ano retrasado, quando terminou, e eu gostava tanto, mas tanto, que eu colocava junto com as minhas prioridades; eu planejava o meu dia pensando no horário que eu ia tirar pra ver o Breaking Bad. É quando você percebe que aquele entretenimento não tá sendo só uma mera fantasia, tá fazendo alguma coisa com você, e Breaking Bad não desaponta até o final. Como eu encarava Breaking Bad em um nível de responsabilidade, é claro que eu não ia deixar de conferir sua série derivada, "Better Call Saul", protagonizada pelo advogado que era um personagem secundário na série anterior. Eles mantiveram grande parte da equipe de roteiro e direção, então não havia porquê de eu não ser otimista. Dessa forma, assim como houveram as razões de eu não escrever antes, há as razões pra eu ter escrito agora, já que venho acompanhando quase todas as terças-feiras e ontem rolou o penúltimo episódio da primeira temporada.

A boa velha fórmula


Breaking Bad era dirigido de uma forma que sempre impressionava, até a última temporada. Eles focavam em processos mecânicos, alteração da tonalidade do cenário, isso chamava muito a atenção, principalmente quando eles estavam produzindo as drogas. Havia as músicas também, que auxiliavam na questão da peculiaridade. Logo nos primeiros minutos você já reconhece que é um derivado de Breaking Bad pelo estilo extremamente competente e incansável de direção. Por alguma razão só as músicas não tem me chamado a atenção, nem um pouquinho.

Outra característica que eles não poderiam deixar de manter, e mantiveram, é a falta de estabilidade temporal. A série clássica fazia isso de forma muito interessante, mostrando curtas cenas do passado e do futuro, sem uma razão tão explícita para fazê-lo, requerendo um pouco de interpretação mais abstrata. Uma coisa ou outra às vezes algum amigo meu dizia o que significava e eu provavelmente nunca iria sacar se ele não dissesse. "Better Call Saul" se passa alguns anos antes da série do Heisenberg, e temos curiosidade de saber o que aconteceu com Saul Goodman tanto antes quanto depois. Eles não são bobos e vão dando essas palhinhas aleatórias da vida do personagem de novo, e com sucesso conseguem atiçar nossa curiosidade.

A inevitável comparação com Breaking Bad

Nunca vi um lugar em que Breaking Bad não estrele entre as cinco melhores séries da História, isso quando não fica em primeiro mesmo. Então era óbvio que a do Saul não ia alcança-la, o problema é que alguns episódios são beeeem desanimadores. E é esse o meu problema com séries, se UM episódio não me deixa ligado eu já aborto a missão e paro de assistir. E Breaking Bad tem absolutamente nenhum episódio ruim. Se não fosse os fan-services, a série seria bem fraquinha, mas ele tem seu irmão mais velho para ajudá-lo, então você acaba não resistindo de ver o que vem depois. Até mesmo eu...

A corrupção moral

Breaking Bad além de várias coisas mostrava como um homem vai se tornando mal. Era tão bem feito que você não conseguia ficar com raiva dele. Logo de cara dá pra notar que é isso que vai acontecer com Jimmy, que além de ainda não ter o nome de Saul, se mostra fazendo esforços pra ser um advogado incorruptível enquanto vive de forma precária e quase sempre quebrado. Bem diferente do cara que conhecemos há uns anos atrás.

O que torna a comparação com a série do Walter White injusta, é que o Mr. White tava sempre com uma corda no pescoço, o Jimmy/Saul ainda não chegou nesse ponto, não havendo assim tantos riscos e adrenalina. Mas algo que todos os fãs mais esperavam não demorou pra ser entregue!

Cale a boca, Walter...

Assim como Saul, Mike era um dos personagens mais queridos. No início a forma que ele interage com Saul é meio esquisita e sem sentido, apenas algumas cenas engraçadinhas e que parecem inegavelmente forçadas a princípio, afinal, sabemos que é fan-service, por mais legal que seja. Não demora e Mike se torna um segundo protagonista, havendo inclusive um episódio em que a trama toda se passa em torno dele. DETALHE: Um dos melhores episódios.


A frequência de episódios foda não é tão constante, mas entre o fan-service e as piadinhas do advogado, há drama e surpresas, o que mantém sempre a impressão que algo ainda vai nos surpreender no futuro. E nós sabemos o futuro! O Saul vai virar um criminal lawyer (não um criminal lawyer, mas um criminal lawyer) e a trama de Mike cedo ou tarde levará a Gus Fringe...

Falando em personagens...


Bob Odenkirk já arrasava no Breaking Bad, roubava a cena quase sempre e é aquele tipo de personagem que você realmente sente falta depois que a história termina. Agora que ele teve a chance de mostrar mais, ele simplesmente ficou melhor! Todos os atores trabalham muito bem, e sendo Bob o principal, ele é o que chama mais atenção! Há personagens que nunca mudam, como 007 e Jack Sparrow, Breaking Bad/Better Call Saul pega justamente a estrada contrária disso, é como se de um episódio pro outro o cara já tivesse mudado completamente, essa é uma das principais características positivas que se manteve. Você vê o Saul inseguro e desamparado, assim como Mike, ele ainda nem entrou no mundo do crime, então não temos dúvida que veremos mais uma vez a delicadeza de como pessoas comuns na sociedade estadunidense se rendem ao mundo do crime. Antes era um professor de química, agora é o nosso advogado preferido. Semana que vem sai o último episódio dessa temporada, quem sabe eu faça um preview da próxima. Sayonara!

E ah é! Eu não podia deixar de dizer! Outra razão de eu ter resolvido escrever a análise depois do penúltimo episódio ontem, e uma razão que com certeza vai fazer com que você não deixe de conferir...


apareceu...


o...

TREVOR PHILIPS!!!!!!!!!!!!!

DO GTA V!!!!!!!!!!!!!!!!!!


SIIIIIIIIIIIIIM!!!!!!!!!!!!!!!


O ATOR!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


HAHAHAHAHAHAHAHHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH!


Trevor Philips vs. Mike? You better call Saul...

2 comentários:

  1. Eu não acabei de ver Braking bad,acabei cancelando o Netflix quando estava na terceira temporada.Tenho que dar um jeito de voltar a ver.
    Ps:Aquele da sexta imagem é o Tuco(Ou algo assim)?

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